Bahia investiga 316 casos de microcefalia relacionados ao zika

Informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (15).

Já segundo a Sesab, casos suspeitos de microcefalia na BA chegam a 180.

Os casos investigados de microcefalia relacionados ao Zika Vírus na Bahia chegaram a 316, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça-feira (15). De acordo com o balanço da pasta, no estado não há nenhum caso confirmado ou óbito de casos de microcefalia relacionados ao Zika.

Conforme os dados do Ministério, o número de casos investigados de microcefalia relacionados ao Zika na Bahia só está atrás de Pernambuco (874) e Paraíba (322). O informe divulgado detalha, pela primeira vez, os primeiros casos confirmados e descartados. De acordo com o novo Boletim Epidemiológico do ministério, foram registrados 2.401 casos da doença e 29 óbitos, até 12 de dezembro deste ano no país.

Já a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) apontou 180 casos suspeitos de microcefalia no estado. A secretaria informou ainda que Salvador registrou 97 casos, o equivalente a 53,8% do total de notificações. Os casos ocorreram em 42 municípios.

Dos 180 casos suspeitos, a Sesab reveleou que foram notificados seis óbitos, ocorridos nos municípios de Salvador (1), Itapetinga (1), Olindina (1), Tanhaçu (1), Camaçari (1) e Itabuna (1).

Por meio de nota, a Sesab explicou a diferença númerica dos dados da secretaria para os do Ministério da Saúde. Segundo eles, 49 casos apontados pelo ministério foram descartados por terem o perímetro cefálico fora do critério de microcefalia (43 bebês com perímetro igual a 33 centímetros e seis crianças com perímetro menor que 33 centímetros e maior que 32 centímetros). O perímetro foi revisado pelo Ministério da saúde no último dia 4. Antes, a microcefalia era apontada nos casos de circunferência craniana menor do que 33 cm.

A secretaria disse ainda que 92 casos notificados por parte dos municípios baianos não possuíam quaisquer informações do perímetro cefálico da criança, que foram contabilizados pelo Ministério da Saúde, mas não pela Sesab.

A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. A microcefalia é diagnosticada quando o perímetro da cabeça é igual ou menor do que 32 cm – o esperado é que bebês nascidos após nove meses de gestação tenham pelo menos 34 cm.

Para o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, ainda pode demorar sair o resultado de uma vacina contra o zika vírus. “O tempo de desenvolvimento de vacina é um tempo longo porque os estudos clínicos são demorados. É algo em torno de dez anos, supondo que as coisas deem certo”, afirmou.

Novo critério

No dia 4 de dezembro, o Ministério da Saúde informou que iria mudar os critérios que classificam uma criança como tendo microcefalia. A mudança passou a valer em todo o país na segunda-feira (7), quando foi fechado o texto de um novo protocolo a ser adotado por cada governo local.

Até então, a pasta considerava que bebês com circunferência da cabeça igual ou menor a 33 cm tinham a malformação. O novo parâmetro passa a apontar microcefalia em crianças com cabeça medindo 32 cm ou menos de circunferência.

Na prática, menos bebês vão ser considerados como suspeitos de apresentar a malformação. O diretor do ministério Cláudio Maierovitch afirmou que não há estimativa de quantos casos notificados deixam de ser considerados com suspeita de microcefalia com base nas novas medidas. “É uma proporção razoável.”

G1

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