Bahia: Empresas de telefonia lideram lista de reclamações em 2013

Procon revela as 30 primeiras empresas com mais de 10 mil queixas.

Registros constam no Cadastro Estadual de Reclamações Fundamentadas.

Bahia: Empresas de telefonia lideram lista de reclamações em 2013A “Oi” lidera a lista das empresas que tiveram maior número de queixas feitas pelos consumidores no ano passado na Bahia. O setor de telefonia foi o que mais recebeu reclamações.

As 30 primeiras empresas receberam 10 mil reclamações foram reveladas nesta terça-feira (18). Os dados são do Cadastro Estadual de Reclamações Fundamentadas, lançado pelo Procon em parceria com a Secretaria de Justiça.

O Procon registrou 22.574 reclamações no ano passado. Do total, 1.955 foram contra serviços de telefonia fixa e móvel. As empresas que mais receberam queixas foram a Telemar/Oi, a Oi móvel, as lojas Insinuante, a Ricardo Eletro e a Samsung. A única empresa pública na lista é a Embasa.

A reclamação do cozinheiro Rodrigo dos Santos faz parte desta lista. Ele fez um pacote de internet e o serviço oferecido não é como o previsto em contrato. “Já acionei o call center de lá, já falei com os atendentes, tenho mais de dez protocolos dos quais não estão sendo cumpridos, já entrei em contato com a Anatel, enviei um e-mail para lá, agora estou entrando em contato com o Procon para quer meu direito como consumidor seja respeitado”, conta.

Rodrigo também está pensando em entrar na Justiça caso a situação dele não seja resolvida. “Estou pensando em entrar na justiça para que venha, realmente, ou dar o meu dinheiro de volta esses meses que eu venho pagando em dia ou até mesmo cancelar essa internet”, afirma.

De acordo com superintendente do Procon Bahia, Maurício Ricardo, o cadastro “serve de balizamento para nossas operações de fiscalização e nos permite, inclusive, orientar nossas equipes para coibir as práticas abusivas nos setores da economia que apresentarem maior número infrações”.

Do total de reclamações, mais da metade das queixas não são solucionadas pelas empresas, o que faz com que o consumidor procure o Procon. É o caso da promotora de vendas Nilza Santana, que foi pela segunda vez na sede do Procon para registrar a mesma reclamação contra a operadora de cartão de crédito por cobrança indevida de anuidade.

“Me sinto super lesada, porque, se eu tivesse devendo, tinha que procurar os métodos para pagar, e o mais rápido possível, mas não estando devendo, não está correto isso”, reclama.

O Secretário de Justiça, Almiro Sena, admite que o Poder Judiciário tem dificuldade em atender ao grande número de processos que chegam aos juizados de Defesa do Consumidor, mas, mesmo assim, diz que reclamar é melhor maneira de tentar garantir os direitos.

“Mesmo que você não tenha êxito na sua demanda, a empresa notificada pelo Procon diga: ‘Não, não quero fazer acordo e acho que estou correta’, aquilo que foi produzido na instância do Procon vai ajudar como prova judicial numa eventual ação na Justiça”, explica.

Em nota, a “Oi” disse que está priorizando investimentos em suas redes de telecomunicações para melhorar a qualidade dos serviços. Segundo a empresa, no ano passado foram investidos mais de seis bilhões de reais.

A rede de lojas Insinuante disse que também tem investido na melhoria do atendimento ao consumidor e instalou uma linha direta com o Procon. Já a Ricardo Eletro disse que criou um setor de qualidade para monitorar os produtos adquiridos pelo consumidor desde o momento da compra até o destino final. A Embasa disse que só vai se pronunciar na quarta-feira (19).

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