“Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados” (Efésios 5.1)
Escrevendo em sua primeira carta Aos Coríntios, Paulo dirige uma súplica, um pedido intenso e incomum àqueles cristãos: “sejam meus imitadores” (1Co 4.16). Ao longo da história o que mais se ouve é “não olhe para mim, olhe para Cristo”. Não queremos este peso e achamos muito ousadas as palavras do apóstolo. Mas ele não está dizendo que é o padrão a ser seguido! Sua súplica tem uma segunda parte: “sejam meus imitadores… como eu sou de Cristo” (1Co 11.1).
Aos Efésios ele ensina o mesmo princípio: sejam imitadores de Deus. É o mesmo princípio porque Cristo é a expressão exata de Deus (Hb 1.3), agindo, falando e fazendo tudo em imitação ao Pai. Nas Escrituras, filiação tem a ver com imitação! Mas os “filhos de Deus” hoje imitam pouco e muito se gabam: “Não sou dono do mundo, mas sou filho do dono”- já leu isso em alguns para-brisas? Os “filhos de Deus” parecem mais interessados em reivindicação do que em imitação.
Mas é a imitação a prova de filiação com Deus. É assim porque somos seres que se formam pelo exemplo, pela imitação. A fé cristã é a fé quem, passo a passo, ainda que de forma lenta e frágil, imita Deus enquanto enfrenta a vida, em vez de imitar ou se deixar influenciar pela maioria. Na vida cristã o dever diário é: faça como Deus faz, lide como Deus lida, fale o que Deus fala. Pois o cristão autêntico é e precisa ser uma imitação. Uma imitação de Cristo!