Moradores de Vereda e de toda a região permanecem chocados com o assassinato da adolescente Vívia Medeiros Soares, de 15 anos.
O motivo torpe – a vítima ter se negado a manter relações sexuais com o autor – despertou uma revolta generalizada.
Horas depois de ganhar destaque nos sites de notícias locais, o crime ganhou repercussão em veículos de comunicação nacionais.
Segundo a polícia, Daniel Max conheceu Vívia nas redes sociais. Após ela ter sido dada como desaparecida, ele chegou a tentar ajudar nas buscas, ao lado de amigos e familiares.
Enquanto se encontra à disposição da Justiça na carceragem da 8ª Coorpin de Teixeira de Freitas, o perfil do acusado em uma rede social foi divulgado por pessoas que se indignaram com a crueldade e frieza.
Os comentários em fotos e publicações revelam o sentimento e o clamor por justiça.
Uma mulher disse: “Você não tirou só a vida dela. Você destruiu uma família e os sonhos dela“.
Em outro comentário, uma pessoa diz: “Não desejo a morte, porque é pouco“.
E ainda:
“Tu vai pagar na cadeia o que tu fez aqui”
“Que sinta cada segundo de dor como se fosse uma eternidade”
“Nojo”
“Lixo”
Após estrangular a vítima, Daniel Max ainda tentou ocultar o seu corpo em uma propriedade rural.
Transcrevemos aqui o maior questionamento diante dos casos:
“Queremos saber até onde mulheres serão vítimas do patriarcado e do feminicídio? Até quando a culpa sempre vai ser da vítima? #QueremosJustiça #LutoPorVivia” – enfatizou um mulher no perfil do acusado.
O feminicídio é a expressão fatal das diversas violências que podem atingir as mulheres em sociedades marcadas pela desigualdade de poder entre os gêneros masculino e feminino e por construções históricas, culturais, econômicas, políticas e sociais discriminatórias.
Nomear o problema é uma forma de visibilizar um cenário grave e permanente: milhares de mulheres são mortas todos os anos no Brasil. [Agência Patrícia Galvão]