O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, chega à Ucrânia nesta quinta-feira, 18 de agosto, para verificar as condições da usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, que está sob domínio das forças russas desde março.
O complexo foi bombardeado na semana passada. Ucrânia e Rússia se acusam mutuamente pela autoria do ataque. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, na sigla em inglês), essa é a primeira vez que há uma guerra em um país que tem uma rede de energia nuclear grande e estabelecida. O órgão já alertou que “há um risco muito real de desastre nuclear”.
Na pior das hipóteses, um possível acidente nuclear seria equivalente a 10 vezes o do desastre de Chernobyl, embora Zaporizhzhia seja mais segura.
“A Rússia poderia negar esse ataque e ficaria um jogo de versões”, explica Vitelio Brustolin, pesquisados das faculdades de Direito e História da Ciência de Harvard. “Ninguém saberia ao certo quem atacou de fato.”
O funcionamento da usina tem sido mantido por ucranianos rendidos por soldados russos.
Fonte: G1