Ontem, 07/12, na estrada principal de acesso ao bairro Villas do Arraial, em Arraial d`Ajuda, cerca de seis motociclistas sofreram queda da moto numa curva da estrada que estava escorregadia.
Três desses motoqueiros foram hospitalizados, com escoriações graves, sendo necessária cirurgia em todos.
Isto aconteceu pelo fato de que um veículo passou pela estrada carregando galões de resíduos de caixa de gordura, de uma pousada do distrito.
Esses galões foram derrubando a “porcaria” (sic) por todo trajeto. E, infelizmente, muitos foram os acidentados por conta da irresponsabilidade e descaso de alguns empresários e do poder público local, que sabem que no Villas não é lugar de jogar lixo.
No Villas, não pode haver lixão, pois é um bairro residencial.
No entanto o que acontece é bem diferente. A própria prefeitura “autoriza” os caminhões a jogarem num enorme terreno do bairro podas de árvores.
Contudo ela não fiscaliza, não multa e nem impede que outras pessoas e os tais caminhões joguem qualquer outra coisa nesse local.
Lá pode-se encontrar de tudo, inclusive crianças “garimpando” restos de comida e outros objetos. É muito comum também a presença de animais peçonhentos e transmissores de diversas doenças.
Moradores puseram suas casas a venda e muitos já abandonaram suas residências por conta do mau cheiro e da total falta de higiene do local e seu entorno.
Por inúmeras vezes, a associação de moradores do Villas do Arraial (AMOVA) denunciou o lixão e pediu ao secretário do Litoral Sul, senhor Alencar, ao ex-secretário do Meio Ambiente, senhor Élio Brasil, e ao IBAMA para que fechem imediatamente esse lixão.
Nenhum órgão deu até o momento a devida importância ao fato.
Talvez, seja preciso, da próxima vez, morrer pessoas para que finalmente esses senhores “gestores” da nossa cidade possam então tomar as devidas providências.
Já que os possíveis problemas que poderiam acontecer já tinham sido anunciados várias vezes para os “administradores” de Porto Seguro, e mesmo assim eles nada fizeram para evitá-los, a pergunta que se faz agora é: quem ficará responsável pelo tratamento médico, despesas com remédios, e todos os encargos familiares que estes cidadãos possuem? Já que eles ficarão por tempo indeterminado afastados dos seus trabalhos para se recuperarem do acidente que sofreram ontem?
*Andréa Balmant (Vice-presidente da AMOVA)