Há bastante divergência nas informações sobre o mega-assalto, mas, extraoficialmente, estima-se que mais de R$ 40 milhões foram levados
40 homens fortemente armados com fuzis e metralhadoras explodiram a sede da Prosegur em Eunápolis na madrugada de terça-feira (06/03). No cenário de guerra deixado pelos criminosos, 30 kg de explosivos foram desarmados por policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
Os eunapolitanos de áreas próximas contam que por 40 minutos foi possível ouvir muitos tiros e o som das explosões. Um vigilante da empresa foi assassinado e cinco funcionários que trabalhavam na tesouraria ficaram gravemente feridos pelos escombros.
Em nota, a Prosegur, empresa espanhola cujo patrimônio estimado, divulgado em 2014, era de mais de 3 bilhões de euros, lamentou a morte do colaborador e disse estar auxiliando os feridos. Quanto a valores, no pronunciamento oficial, se ateve apenas a dizer que os criminosos não tiveram acesso ao cofre “graças à instalação de sistemas de segurança e tecnologia de ponta feito pela companhia em nível nacional para todas as filiais da Prosegur no Brasil, tornando o acesso ao dinheiro inviável e por isso os valores não foram levados pelos bandidos”. Não há nenhuma outra menção em dinheiro no comunicado.
Estranhamente, fotos do local do crime mostram outra realidade: muito dinheiro, sobretudo notas de R$ 50 e R$ 100 entre os escombros. De onde saiu todo esse dinheiro se os bandidos não penetraram o cofre? Há informações não oficiais de que criminosos teriam levado apenas o que estava sendo contado na tesouraria no momento do assalto, sendo o valor variante entre 100 mil a 1 milhão de reais. Prosegur não comentou nada sobre isso.
Outra informação exclusiva que OSollo teve acesso é que seriam três cofres, dos quais, dois foram arrombados e seus valores levados, o terceiro ficou soterrado pelos escombros. Há bastantes divergências, mas, com as fotos e estes novos dados, estima-se que mais de R$ 40 milhões tenham sido roubados pela quadrilha organizada.
Interessante informar que no assalto à Prosegur de Ribeirão Preto/SP, em 2016, com semelhante esquema, segundo a Polícia, a quadrilha levou R$ 50 milhões, no entanto, como no caso em Eunápolis, a Prosegur não confirmou valores.
Na quarta-feira (07/03), carros usados no crime foram encontrados cerca de 70km distantes do local, numa área rural entre Cabrália e Belmonte, todos cobertos por um material verde para camuflá-los e dificultar a localização. Suspeita-se que lanchas também tenham sido usadas na fuga.
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