As torneiras da decepção

Esse escriba esteve conversando com um petista que votou em Jacques Wagner e que hoje é um poço até aqui de mágoa. Reclama de abandono, desatenção e, o que, segundo ele, mais doeu, de trairagem.

Para ele, o apoio do governo estadual a César Borges, o convite a Otto Alencar, a fritura de Waldir Pires, os rapapés ao PP, a nomeação de Wilsinho Brito para Secretário (Wilsinho, segundo o meu amigo, foi aquele que não queria deixar o avião do governador descer no PrADO na campanha de Jonga), tudo isso o leva a repensar suas posições. “Vou votar em Wagner por falta de opção, mas o entusiasmo não existe mais.”

 

O que fizeram com a chama da militância petista?

Cartas para essa coluna.

CPI da pedofilia

Estiveram em Teixeira de Freitas as Promotoras de Justiça do Espírito Santo Catarina Gazele e Carla Sandoval, que prestam assessoria à CPI da Pedofilia do Senado, aquela que é presidida pelo Senador Magno Malta. Na quinta-feira, 27, elas estiveram na Faculdade Pitágoras e palestraram para acadêmicos de vários colegiados. Falaram sobre a atuação da CPI e das mudanças que tornaram a legislação brasileira mais severa para os pedófilos e outros infames. Na sexta, 28, estiveram palestrando na Câmara, para um público mais eclético.

Muito boa a iniciativa e a presença das duas.

Desencanto

As duas procuradoras se revelaram desencantadas com o desânimo que assola Teixeira de Freitas na questão da Pedofilia. Segundo elas, o e-mail da CPI tem muitas reclamações de Teixeira de Freitas e região, muitas denúncias, mas não há ação efetiva da sociedade civil organizada contra esse crime. Outra queixa: há processos parados no juizado criminal que já poderiam estar concluídos, mas elas entendem que o excesso de trabalho do juiz impede uma ação mais efetiva.

A Pedofilia, em Teixeira, não está tendo o combate que merece.

Segurança

A nova moda entre os bandidos é o roubo de moto. Tomam na cara dura, metem a arma no condutor e levam na maior. Um policial que teve a sua moto roubada em frente ao Mercadão diz que a insegurança está demais e clama por maiores condições à polícia. O efetivo é pequeno e o batalhão está mal aparelhado, reclama. A moto, para ele, era um precioso instrumento de trabalho.

Um espanto.

Ao vivo

Por falar em insegurança, multiplicam-se os ataques dos marginais à polícia. Em Salvador, o assassinato a um delegado de Camaçari acabou sendo transmitido ao vivo

por uma emissora radiofônica. O delegado dava entrevista a uma rádio, de dentro de seu carro, parado na estrada. Os bandidos chegaram e detonaram o policial, na frente da mulher, que gritava desesperada. Os radialistas perceberam que alguma coisa acontecia e ligaram para a polícia. Os bandidos já foram presos, mas fica a marca da desumanidade.

Até quando?

Justifica?

Sem querer justificar a crise de segurança pela qual passa a Bahia, é de se notar a hipocrisia dos candidatos carlistas clamando contra a violência nos dias de hoje. Parece até que no tempo deles era diferente. Dá para lembrar até hoje, em um assalto que houve a um Banco em Ibirapuã, a chegada de policiais de Minas e de Teixeira ao cerco aos bandidos. As viaturas mineiras brilhando de novas e as daqui com as portas amarradas com embira. Segurança não dá para virar assunto de política e eleições, mas deve ser tratada com a seriedade de um problema estrutural.

A questão é antiga demais.

Fechando o nó da garganta

“…Sei que dois e dois são quatro

Sei que a vida vale a pena

Mesmo que o pão seja caro

E a liberdade pequena…” (Ferreira Gullar)

 

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