“Se você assume que não existe esperança, então você garante que não haverá esperança. Se você assume que existe um instinto em direção à liberdade, então existem oportunidades de mudar as coisas”, Noam Chomsky (1928 -….).
Os momentos de crises geram impulsos os mais diversos: eles vão da descrença quase absoluta à percepção relativa de que, por outro lado e a partir deles, se abrem novas oportunidades de se construir e transformar erros em acertos, de realizar o novo, atingir objetivos e satisfazer os anseios da natureza humana ou da sociedade.
Os malogrados eventos trazidos à tona, nos últimos anos deste iniciante século XXI, a envolver representações políticas e o mundo empresarial no Brasil, sobejamente conhecidos pelos desfiles diuturnos na mídia, jamais imaginados – tais como os monumentais, alegóricos e carnavalescos desfiles da Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro -, curiosamente, abrem oportunidades de novas iniciativas. Afinal, a crença dos bons supera em número e qualidade as ações dos maus!
A pedagogia dos malfeitos, uma lição indesejada e nódoa que fere a cidadania, repugna à sociedade e os valores morais que ela tem cultivado ao longo do tempo. Em consequência e bendita razão, ela vem propondo mudanças nas instituições, dos seus atores e nas políticas nacionais, como a opinião pública tem manifestado nas ruas e praças do País.
Há um provérbio, dito árabe, que afirma: “A primeira vez que você me enganar será sua culpa. A segunda será culpa minha”. Ao que se vislumbra, no plano ético e moral da sociedade brasileira, vitima das indesejáveis situações que permeiam o cotidiano da Educação, da Saúde, da Segurança e dos milhões de patrícios desempregados, ninguém se dispõe a acompanhar e manter aqueles que a enganaram, usurparam o poder e realizaram a gestão da coisa pública de formas iníquas e em causas próprias.
A sociedade deseja reformular as instituições, seus valores e objetivos, vez que não produzem, com qualidade e a tempo certo, os serviços para os quais foram concebidas e, nos instantes atuais, se apresentam desorganizadas e incapazes de atenderem aos propósitos finalísticos de suas criações. Elas passaram a ser vistas muito mais como cabides de emprego, ora por falta de operosidade, ora pelos diminutos resultados que prestam à sociedade.
Isto vale para o Congresso Nacional, para as Assembleias dos Estados, para as Câmaras de Vereadores; no poder executivo são citados os órgãos federais, estaduais e municipais que não cumprem suas competências na Educação, Saúde, Segurança e em outros setores dos quais a sociedade necessita e requer suas atenções.
A leniência da justiça e a esperança daqueles que a ela recorrem, vistos num plano de cidadania, da igualdade de todos perante á lei, trazem à luz, de forma igual, necessárias reformas de suas estruturas, das regalias contidas na legislação que privilegiam uns poucos, com foros especiais, em detrimento da população restante. Há que serem revistos, ainda, procedimentos ditos procrastinatórios que conduzem à impunidade, ajustando-se a justiça aos tempos de um Brasil novo, dinâmico e justo, o que vem sendo negado constantemente ao seu povo.
Assumir as necessidades de mudança é o ponto de partida; a seguir as ações reformuladoras que, a cada um, compete e no somatório à sociedade. Que se reflita então, cultive-se a esperança e mudem-se as coisas, são os anseios maiores deste final de 2017, acrescidos, leitor(a) amigo(a), de um Feliz Natal e Próspero Ano Novo!