Olá! Já que você é “aquele que tudo sabe”, vou poupar tempo de pesquisa e enviar minha pergunta: gostaria de saber como se pode afirmar que “não há, no mundo, duas pessoas com relevos idênticos, nem mesmo gêmeos. Por isso as impressões digitais são um sinal infalível de identidade.”
Minha dúvida é que como se pode afirmar isso se não há um banco de dados com digitais de todas as pessoas do mundo? Por favor, mate minha curiosidade!
Patrícia Ishizu, Bragança Paulista, SP
Não há duas impressões digitais iguais porque a estatística e a biologia nos garantem isso. Como não há duas pessoas absolutamente iguais, não há como ter uma com a mesma impressão digital da outra. Quando há casos de digitais muito parecidas, os papilocopistas – possivelmente o nome de profissão mais legal que existe – analisam mais linhas das mãos até encontrar as diferenças, por menores que elas sejam.
A impressão digital é composta de inúmeras particularidades. Cada pessoa possui um desenho específico, composto pelas elevações da pele. A formação da digital é resultado da influência genética e também dos movimentos do feto na barriga da mãe. Isso aí, os primeiros rolezinhos do bebê produzem marcas características nos dedos.
Além dos movimentos na barriga, os sentimentos da mãe e o que ela come interferem na formação das impressões digitais. Nem as digitais de gêmeos univitelinos, que têm o DNA idêntico, são iguais. Elas são muito parecidas, mas os efeitos externos fazem com que apresentem diferenças.
A papiloscopia, ciência que estuda as linhas das mãos e dos pés, separa pontos de referência em cada impressão digital que vão ser usados para a comparação computadorizada entre duas pessoas. Antônio Maciel Aguiar Filho, presidente da Federação Nacional de Papiloscopia, afirma que atualmente as análises são muito precisas. “Mesmo que a impressão fosse extremamente parecida, eu ainda poderia verificar a posição dos poros, orifícios por onde saem o suor”, explica.
Em todo caso, sinta-se livre para fazer esse banco de dados com as impressões digitais de 7 bilhões de pessoas.
Fonte: Superinteressante