Os sabres nucleares foram desembainhados novamente. Após a invasão russa da Ucrânia, corremos o mesmo risco da crise em Cuba em 1962 em que a catástrofe nuclear só foi evitada porque um homem, o comodoro em exercício russo Vasili Arkhipov, recusou-se a ordenar o disparo de torpedos nucleares. Os dois outros oficiais no submarino, convencidos de que estavam sendo atacados, haviam levado o mundo a um segundo da guerra nuclear em escala total.
Durante a Guerra Fria, a União Soviética dispunha de aproximadamente 40 mil ogivas nucleares, enquanto os EUA tinham cerca de 30 mil. Atualmente, sob o comando de Putin, a Rússia controla um total de 5.580 ogivas.
A preocupante verdade dessa temível tecnologia é que a humanidade tentou dizer não e só teve sucesso parcial. As armas nucleares estão entre as tecnologias mais contidas da história e, mesmo assim, o problema da contenção, em seu sentido mais duro e literal, permanece fortemente sem solução. E minúsculos maus funcionamentos de hardware podem produzir riscos enormes.