A Justiça determinou que um frigorífico responsável pelo abate dos jumentos na cidade de Itapetinga, sudoeste da Bahia, não adquira e nem confine os animais em quantidade superior à capacidade de abate do estabelecimento.
Os jumentos pertencem à empresa chinesa Cuifeng Lin e são abatidos pelo Frigorífico Regional Sudoeste. No início de setembro, 200 animais morreram em decorrência de maus-tratos, na fazenda de criação da empresa.
Ainda com base na determinação judicial, o frigorífico não pode transportar ou receber os equinos que estejam sem a Guia de Trânsito Animal (GTA), devidamente emitida pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).
Além disso, tanto o frigorífico quanto a Cuifeng Lin devem providenciar o bem-estar dos jumentos, disponibilizando alimentação, hidratação e acompanhamento médico-veterinário. O descumprimento das determinações judiciais pode levar à suspensão das atividades das duas empresas. A decisão foi publicada na última sexta-feira (21), mas só foi divulgada na segunda (24).
Os animais que sejam recusados ao abate por fiscais do Ministério da Pecuária, Agricultura e Abastecimento (Mapa) deverão ser presos em local adequado, com tratamento de acordo com as normas sanitárias, até que eles sejam liberados, seja para abate ou para outra destinação apropriada.
Animais mortos
A fazenda de criação de jumentos, onde os 200 animais morreram por maus-tratos, foi interditada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, no início deste mês. O local é investigado pela Polícia Civil e Ministério Público Estadual (MP-BA). A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) também fiscaliza a situação.
Os animais pertencem à chinesa Cuifeng Lin e são levados para a fazenda antes de serem encaminhados para o frigorífico, para serem abatidos. Em seguida, a carne é exportada para o Vietnã.
Com a interdição, a empresa foi impedida de levar novos jumentos para a fazenda. Apenas os que já estavam no local seguem o processo de abate. O Frigorífico Sudoeste, responsável por abater os animais, se comprometeu a suspender a operação até que a empresa chinesa resolva as irregularidades.
A reportagem tentou falar com a empresa responsável pelos jumentos, mas não conseguiu contato até a publicação da reportagem.
Fonte: G1