APLB/Sindicato acredita que os filhos de Teixeira merecem uma educação de qualidade

Professora Brasília, coordenadora da APLB/Sindicato. Foto Foco no Poder

Após a reunião de quinta-feira (1º/03), acredita-se que o empasse entre a prefeitura municipal de Teixeira de Freitas e os educadores tenham sido resolvidos – para o bem de todos, sobretudo, dos educandos, afinal, um tratamento abaixo do merecido para os profissionais da educação culminam em má qualidade educacional. Quem trabalha bem insatisfeito? Além do mais, o agravante dos problemas na estrutura física das edificações, falta de ventiladores e carteiras, tornou a situação deveras preocupante e passível de uma ação mais enérgica, que foi a paralisação.

Na reunião, em seu gabinete, Temóteo Brito garantiu pagar os 30% relativos à gratificação. De acordo com a APLB Sindicato, o corte dos 30% de gratificação só poderia ser feito caso os docentes da Educação infantil e Ensino Fundamental I não tivessem trabalhado ou trabalhando. Tendo em vista que eles trabalharam a APLB – Sindicato, não aceitou o pagamento proporcional. Para Francisca Brasília, coordenadora da APLB, é importante não retroceder para que o educador (a), tenha seus direitos garantidos.

Quanto às queixas de que os professores estariam sendo maltratados por alguém da secretaria, o prefeito afirmou que essa postura não está de acordo com as orientações recomendadas por ele a membros de sua equipe.

Para o secretário de Educação, o momento atual é muito delicado e todo e qualquer acordo precisa ser racionalmente estudado, visando evitar um colapso, ainda maior, no setor da educação.

“A proposta já estava bem alinhada com a classe, dependendo apenas do posicionamento do prefeito, já que implica em oneração da folha de pagamento, em um momento delicado para a Prefeitura de Teixeira, como em muitos municípios do país. Mesmo assim, em respeito à classe, o prefeito acatou o pedido,” afirmou Hermon Freitas.

Também ciente da crise, professora Brasília comenta: “O sindicato tem que ter, num momento desse de crise, maturidade. Nós sempre analisamos e avaliamos tudo antes de ir para a rua. Só nos manifestamos quando se esgotam todas as chances de negociação, como ocorreu agora. Os acordos não estavam sendo cumpridos e, infelizmente, a gente teve de ir para a rua. A reunião com o prefeito, eu considero que foi muito positiva, por que, mais uma vez, ele afirmou que tem interesse em resolver os problemas da educação, juntamente com o sindicato”, explicou a sindicalista.

E prosseguiu: “A crise econômica não atingiu só o município de Teixeira de Freitas, atingiu vários municípios do Brasil. Eu estive agora em Salvador, são inúmeras cidades que ainda não receberam 13º, não receberam ⅓ de férias.  Aqui, graças a Deus, e pela atuação do sindicato junto a secretaria e junto ao prefeito, nossos direitos foram garantidos, foram pagos. Diante da crise econômica não vejo muito caminho para avançar na luta, eu vejo que a luta agora é para resguardar o que a gente tem”, avaliou Brasília.

Ela afirma que a bandeira do sindicato é a qualidade na educação. “Eu vejo que os filhos de Teixeira precisam disso. São filhos de trabalhadores e a oportunidade que a gente pode dar para essas crianças é uma educação de qualidade. Como todo mundo sabe, a educação é também uma arma contra a violência. Se a gente pretende ter um Teixeira melhor, ter um mundo melhor, eu acho que a educação deve ser um ponto principal na pauta de todos os gestores”, concluiu a professora.

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