Anseio pela resposta de Deus

“Responde-me quando clamo, ó Deus que me faz justiça! Dá-me alívio da minha angústia; Tem misericórdia de mim e ouve a minha oração.” (Salmos 4.1)

Todos ansiamos por respostas de Deus. Enquanto a vida segue um fluxo em que nos sentimos com poder para determinar nossos próprios passos, seguimos por nós mesmos. Mas quando as coisas se revelam inalteráveis por nós, incontroláveis por nossos métodos, contraditórias à nossa vontade, buscamos a Deus e esperamos por uma resposta favorável. Uma que realize o que nós mesmos realizaríamos, se tivéssemos poder para tal. O verso do salmo de hoje poderia ter sido escrito por mim ou por você. O que ele diz não é algo que nós mesmos não diríamos. Queremos que Deus nos faça justiça; que nos dê alívio diante de nossa angústia. Queremos que Ele tenha misericórdia de nós e ouça nossa oração. E Deus ouve! Ele é misericordioso. Ele alivia a angústia. Ele ouve orações. Ele nos faz justiça. Mas, nem sempre. E nem sempre como expressão de nossa vontade.

Nem sempre o que achamos justo será feito por Deus a nosso favor. Em momentos assim há quem desista ou se revolte porque é insuportável para si que Deus, tendo o poder de fazer o que é justo a seus olhos, nada faça. Outras vezes a angústia não terá alívio como desejaríamos. A má notícia chegará. A perda acontecerá. O que mais tememos para o momento se tornará realidade. Em situações assim nossa cabeça gira e tentamos lidar com o sofrimento da melhor maneira. Queremos afirmar nossa confiança, mas olhamos para Deus com desconfiança! As vezes Deus não ouve a nossa oração. Embora alguns digam que Deus sempre ouve, mesmo quando não nos responde, para nós, ouvir é responder. E sem resposta, não sentimos que fomos ouvidos por Ele. Isso nos desagrada e, as vezes, desanima.

Há algo de novo para você nessas afirmações? Para alguns sim. Para outros pode representar o exato momento que estão vivendo. Deus não tem medo de ser incompreendido por nós. Não tem medo de nos desagradar. Ele nos ama e nos ouve. É gracioso – não rejeita nossa oração simplesmente porque considera que não mereçamos. Não se trata de mérito ou falta dele o que determina o modo como Deus ouve nossas orações. É importante que creiamos. É importante que perseveremos em oração. É importante que saibamos esperar. Mas nada disso determina isoladamente a resposta de Deus. Deus ouve, responde, age ou não, por razões incompreensíveis a nós, que envolvem amor, propósito, sabedoria, aspectos impossíveis de serem compreendido por nós. Podemos (e devemos) insistir, pedir, buscar, bater… podemos reclamar, como o salmista. Mas por fim, como o salmista, devemos confiar e descansar: “Em paz me deito e logo adormeço, pois só tu, Senhor, me fazes viver em segurança.” Assim ele termina seu salmo, no verso 8. Que assim terminemos nosso dia! Todos os dias. Mesmo os dias mais difíceis.

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