“Comportemo-nos com decência, como quem age à luz do dia, não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação, não em desavença e inveja.” (Romanos 13.13)
A liberdade é um presente magnífico. Fomos criados para ser livres, para fazer escolhas e tomar decisões. É por meio do exercício da liberdade que nos tornamos seres íntegros, maduros e saudáveis. Quem não pode escolher entre o que é certo e o que é errado, entre o inadequado e o adequado, jamais será íntegro ou ético. Pois para sê-lo é preciso fazer a coisa certa tendo a liberdade de fazer a coisa errada. Deus nos chama à liberdade mas, como disse Paulo aos gálatas, não a liberdade não deve ser usada como se fosse libertinagem – liberdade sem bom senso (Gl 5.13).
Lembre-se, temos ouvido muito sobre nosso dever de amar a Deus e ao próximo. Paulo continua a tratar o mesmo tema. Apenas está tocando em pontos práticos e entre eles, exorta-nos sobre o modo como nos comportamos.Ele cita “orgias” (komos no grego) que refere-se a dar vazão desenfreada a apetites, não nos descontrolar, “meter o pé na jaca”; “bebedeiras” ou uso do álcool de modo a perder o controle, a sensatez; “imoralidade sexual” que refere-se a agir sexualmente fora dos padrões morais cristãos, segundo o que entendemos ser o que Deus aprovaria. E “depravação” que seria uma entrega banal à sensualidade.
Paulo termina citando “desavença” e “inveja”, dois pecados relacionais. A lista poderia ser maior. Ao falar sobre orgias e bebedeiras alcança nosso foro íntimo, o que fazemos conosco mesmos. Ao falar sobre imoralidade e depravação, alcança nossas relações íntimas, próximas. E ao falar sobre desavença e inveja, nossas relações sociais, mais amplas. Somos chamados a nos “comportar com decência” ou “andar com dignidade” pois é por nossos frutos que somos conhecidos, conforme ensinou Jesus (Mt 7.20). Como cristãos nossa liberdade deve produzir honra a Deus, dignidade e gratidão. Não é fácil, mas podemos contar com Deus!