Amor, não justiça!

“Se me conduzi com falsidade, ou se meus pés se apressaram a enganar, Deus me pese em balança justa, e saberá que não tenho culpa;(…) Aqui terminam as palavras de Jó.” (Jó 31.5-6, 40)

Foi um longo caminho até aqui. No palco desse drama, almas humanas, Deus e a vida como ela é: injusta. Interessante que quase toda conversa é sobre justiça. Os amigos de Jó entendem que Deus em sua justiça está punindo Jó e a solução seria que Jó buscasse ser justo para deixar de ser castigado e poder ser abençoado. Jó não consegue sentar-se no banco dos réus. Para ele não faz sentido e então, se defende: “Sou justo! Que Deus me mostre onde errei”. O livro alcança um momento confuso. É a voz de Deus no livro que permitirá um fim adequado, não a voz dos homens.

O livro é um drama em torno da provação de Jó, e não da punição a Jó. O que está em questão não é se ele merecia ou não sofrer, mas se ele teme a Deus por interesse ou amor. Não se trata de um teste sobre a justiça de Jó, mas sobre sua devoção! Os amigos de Jó atuam promovendo um desvio ao focarem na justiça. Sofremos da mesma tendência. Queremos que as coisas sejam justas numa medida errada para um mundo caído. Cristo veio a nós trazendo perdão, graça e amor! Quando as forças do mal atual neste mundo, o bem não recupera espaço por meio da justiça, mas por meio do amor. O amor vence o mal e então reabre caminho para a justiça. Sem ele não há justiça!

Em breve Deus falará. Por enquanto tudo ainda ficará confuso. Jó precisará esperar por um tempo ainda. Em algum momento ele disse “eu sei que meu Redentor vive e que por fim se levantará sobre a terra”. Ele dependerá dessa fé. Até que Deus entre na conversa, não haverá saída. Em meio aos nossos dilemas, devemos nos lembrar que o argumento de Deus na história tem sido o amor e não a justiça. Sua justiça aniquilaria este mundo. Seu amor pode salvá-lo. Jó terá que esperar por Deus. Não para receber o que merece, mas para receber Seu amor. A verdade sobre a vida é que seu sentido está no amor de Deus e no amor entre nós. Até que vivamos por isso, morreremos tentando estabelecer a justiça e ficaremos completamente confusos sobre Deus.

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