“…e vocês encontrarão descanso para as suas almas.” (Mateus 11.29)
Jesus convida os cansados e sobrecarregados para irem a ele, tomarem sobre si o Seu jugo e aprenderem dele. Ele é manso e humilde de coração. O resultado de aceitarem o convite é que encontrarão descanso para suas almas. Jesus entende da alma humana como ninguém e nos diz duas coisas muito importantes: a alma se cansa e o descanso para a alma está nele! A alma se cansa por vários motivos. Eis alguns: a vitória do mal, a culpa, a falta de sentido, a perda da esperança, a falta de amor, a ingratidão, o desprezo, a solidão, a mágoa e certamente você teria algo com que contribuir para a lista. Coisas de que a vida está cheia e por isso a alma se cansa. Por isso nos desgastamos por dentro, onde a vida verdadeiramente acontece.
O Senhor Jesus, que nos convida a encontrar descanso nele, veio a nós e “calçou nossos sapatos”. Ele sabe o que é ser um ser humano. Entre nós Ele não ocupou muitos dos lugares honrosos que tantos de nós ocupamos e nem teve a vida com tantas das facilidades que temos. Ele nasceu numa nação escravizada, numa família sem recursos e cresceu em Nazaré, uma cidade cujos moradores eram vistos com suspeitas: “pode vir algo bom de Nazaré?” (Jo 1.46). Ele foi tentado em todas as coisas, nas mesmas em que somos tentados, e não pecou (Hb 4.14-15). No momento mais difícil de sua vida, depois de servir e amar a tantos, foi traído e abandonado. Ouviu um “não” do Pai e foi crucificado. Ele sabe o que é a vida! Nós, não!
Nós facilmente nos iludimos e somos atrevidamente auto confiantes. Até julgamos uns aos outros! Mas, talvez o mais grave problema seja que nosso cansaço tornou-se assintomático! Nossa alma não está nada bem, mas não sentimos! Como o homem que ajuntou grande riqueza e disse a si mesmo: “Estou garantido e seguro! Agora é só desfrutar!”; e a quem Jesus chamou de “insensato” (Lc 12.20), assim agimos nós! Quando vamos buscar o quebrantamento que vem pela ação do Espírito Santo? Quando vamos orar verdadeira e constantemente como o salmista: “Senhor, sonda-me”? (Sl 139.23). E quando perceberemos que somos incapazes para discernir nossos próprios erros? (Sl 11.12) Que não seja tarde demais!