Almadina: DPT libera laudo de exame e criança é enterrada após quase 4 meses

Família aguardava resultado do exame de DNA para enterrar a menina.

Corpo da garota de seis anos foi encontrado no dia 15 de setembro.

Almadina: DPT libera laudo de exame e criança é enterrada após quase 4 mesesO corpo da menina de seis anos, estuprada e morta na zona rural de Coaraci, no sul da Bahia, foi enterrado na última sexta-feira (10), na cidade de Almadina, a 340 km de Salvador.

De acordo com informações do Departamento de Polícia Técnica da capital, o laudo do resultado do exame de DNA ficou pronto na última quarta-feira (8), após quase quatro meses do corpo ter sido localizado.

O laudo foi encaminhado para a delegacia de Itabuna, que solicitou o exame, na sexta-feira. No mesmo dia, a família foi informada do resultado pela delegada responsável pelo caso e enterrou o corpo da criança.

O corpo de Andressa dos Santos Ferreira foi encontrado no dia 15 de setembro no rio Almada e só foi liberado pelo Departamento de Polícia Técnica de Itabuna após o resultado do exame de DNA, que demorou quase quatro meses para ficar pronto.

A menina ficou um mês desaparecida até a polícia localizar o corpo. O suspeito pela morte de Andressa foi preso três dias após o corpo ter sido encontrado. O homem, de 28 anos, é primo da vítima e confessou ter matado a garota por vingança. Segundo a polícia, Andressa ficou dez dias em poder dele antes de ser estuprada e morta.

Mesmo após a família ter reconhecido o corpo e do suspeito ter confessado o crime, foi necessário realizar o exame de DNA por causa do estado de decomposição. Segundo os pais da menina, o material foi coletado no dia 16 de setembro e encaminhado para Salvador.

A coordenadora regional do DPT de Itabuna informou que o resultado de qualquer exame de DNA chega no mínimo em quatro meses.

Caso

O primo de uma menina de seis anos, que estava sumida há um mês, foi preso e confessou ter estuprado e matado a criança no dia 20 de setembro.

Os restos mortais da garota foram encontrados em um rio, na cidade de Coaraci, sul da Bahia, no dia 15 de setembro. A delegada Ana Cristina Soares Cabral, que investigou o caso, afirma que ele foi preso há um dia após cumprimento de mandado de prisão preventiva.

Segundo ela, o suspeito afirmou que estava revoltado com a família e raptou a criança para se vingar. “Ele alega que [familiares] diziam que ele era drogado, traficante, e ele queria se vingar. A intenção era matar [a criança]”, retrata a delegada.

A menina foi retirada de casa no dia 19 de agosto. A mãe dela afirmou que a deixou na sala de casa para ir ao quarto e, ao voltar, não achou mais a filha. A família mora em Almadina.

O suspeito começou a ser investigado pela Polícia Civil a partir do relato de testemunhas. “Os familiares espalharam cartazes pela cidade [Almadina] e, com essas fotos, algumas pessoas disseram que tinha visto ele pela cidade no dia do crime”, complementou.

Restos mortais

O corpo foi encontrado na tarde de domingo, 15 de setembro, no rio Almada. Segundo a polícia, o corpo estava em estado avançado de decomposição, o que impossibilitou a identificação imediata. Ainda assim, segundo a polícia, a mãe da garota esteve no local e reconheceu a filha pelas roupas que ela estava vestindo. O corpo tinha fiação enrolada no pescoço, o que pode indicar o crime de homicídio.

Desaparecimento

A menina desapareceu de dentro de casa no dia 19 de agosto deste ano. “Ela ficou aqui sentada e eu entrei para o quarto. Quando eu saí, ela não tava mais”, conta Célia dos Santos, mãe da criança. “Quem fez isso pegou por maldade, perversidade, pra querer fazer alguém sofrer e judiar da criança”, diz o pai, André Marques.

O caso mobilizou a comunidade de Almadina que fez alguns protestos contra o sumiço da garota. O caso foi acompanhado pelo Conselho Tutelar.

 

 

 

 

Fonte: G1

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