Contribuira na construção de um saber que possibilite os estudantes ter uma leitura maiscrítica da problemática que envolve o consumo e tratamento de usuários desubstâncias psicoativas, repensando e reconstruindo formas de garantir orespeito ao usuário e aos seus direitos enquanto cidadãos. Esse foi um dosprincipais assuntos tratados no Simpósio Redução de Danos e os desafios frenteàs Políticas Públicas, promovido pela Aliança de Redução de Danos FátimaCavalcanti (ARD-FC), nos dias 6 e 7 de outubro, na Universidade Federal daBahia (Ufba), campus de São Lázaro, em Salvador.
O auditório do Centro de Recursos Humanos da Faculdade de Filosofia e CiênciasHumanas da Ufba esteve repleto de estudantes, professores, profissionais epesquisadores da área. Segundo a equipe de organizadores, é a partir da ofertade elementos para a reflexão e a crítica sobre os assuntos selecionados para odebate que se constrói novos elos na sociedade. “O primeiro dia do evento forampalestras que debateram o tema da Redução de Danos, isso pela manhã, e pelatarde as explanações foram sobre Legislação e Políticas Públicas sobre drogas,ministrados por professores, profissionais e pesquisadores das áreasespecíficas, como o coordenador geral da ARD-FC Tarcísio Andrade, o psicólogo eantropólogo Tom Valença, a advogada e professora Ludmila Correia, a promotorade Justiça de Salvador Itana Viana e o movimento social organizado, o ColetivoGanja Livre”, informa a redutora de danos, Laura Alícia Côrtes.
Jáno dia 7, no turno matutino, houve o mini-curso “Redução de Danos como práticade Educação Popular: reinventando o método Paulo Freire”, coordenado pormembros da ARD-FC, que colocaram em pauta o trabalho do redutor de danos comouma prática da educação popular. “Durante a tarde ocorreu também o Cine-debate ‘Reduçãode Danos pelo mundo’, mostrando como ocorre a redução de danos nos diferenteslugares do Brasil e do mundo”, salienta a redutora Cetilá Itas.
O que é Redução de Danos?
ARedução de Danos constitui uma estratégia de abordagem dos problemas com asdrogas que não parte do princípio que deve haver imediata e obrigatóriaextinção do uso de drogas, seja no âmbito da sociedade, seja no caso de cadaindivíduo, mas que formula práticas que diminuem os danos para aqueles que usamdrogas e para os grupos sociais com que convivem. Recentemente existe ummovimento voltado ao trabalho de redução de danos, a estratégia da saúde públicaque visa a amortecer os danos à saúde em consequência de práticas de risco,como o uso de drogas.
A adoção de redução de danos para a abordagem dos problemas associados ao uso dedrogas está prevista na Política Nacional sobre Drogas. Hoje, o governo ampliouseu campo de atuação e tem demonstrado que essa política é uma importanteestratégia de saúde para essa população, que muitas vezes encontra-se emsituação de vulnerabilidade social, demandando ações complementares àsoferecidas pelo sistema tradicional de saúde.
Fonte : Comunica Bahia