Alfabetizada há seis anos, Dona Enedina comemora o 106º aniversário em Ilhéus

Um salgadinho frito, um copo de cerveja e o balanço ao som de uma música de arrocha. Foi assim que Dona Enedina Pereira da Silva, cidadã ilheense residente no Bairro Teotônio Vilela, iniciou a comemoração dos seus 106 anos, na noite de terça-feira, 27 de setembro, na sede do Centro de Apoio ao Menor Carente do Bairro, na zona oeste. Dona Enedina ganhou fama nacional ao superar as dificuldades da idade e se alfabetizar aos cem anos, através do programa Todos pela Educação (Topa), promovido pelo Estado da Bahia.

No seu aniversário de 106 anos, entre amigos e outros convidados, estavam presentes os alunos do Topa. O Programa de Alfabetização acontece na sede do Centro de Apoio ao Menor, no Teotônio Vilela, local onde Dona Enedina estudou e se alfabetizou, aos 100 anos. A diretora da instituição social, Gissônia Santos, lembra que a ilustre aluna conquistou a simpatia de todos, quando entrou na turma de alfabetização.

“Ela chegou aqui com 99 anos, não sabia nem ler, nem escrever e de repente ela aprendeu. Foi aqui no Topa. Quando ela fez 100 anos de idade, nós fizemos uma festa de aniversário para ela. Desde então, comemoramos todos os anos com ela. Uma pessoa muito querida por todos nós”, enfatizou com emoção.

Quando Dona Enedina chegou ao Topa, há alguns anos, declarou que a sua motivação para ser alfabetizada seria o interesse em conseguir ler os nomes dos trajetos das linhas de ônibus com destino ao seu bairro. Depois que alcançou o objetivo, declarou: “hoje eu sou feliz, porque eu chego no ponto de ônibus e vejo B de bairro, T de Teotônio, e V de Vilela”. Dona Enedina foi alfabetizada pela professora Nice Correia, com quem até hoje mantém relações de amizade e companheirismo.

Mãe do Vilela – De acordo com Gissônia Santos, Dona Enedina Pereira da Silva, nasceu em 1910, em Ilhéus. É considerada uma das fundadoras do bairro Teotônio Vilela, conhecido anteriormente pela localidade de Gomeira. “Dona Enedina teve um papel importante para a convivência da comunidade. Ela é como se fosse uma mãe para nós, moradores. Quando eu cheguei no Vilela, que era chamado de Gomeira, ela já era como uma mãe para todos”, concluiu.

Secretaria de Comunicação – Secom

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