Assisti, no sábado, a este filme. O contraste entre o céu das praias e o terror da escuridão do subterrâneo da tortura na ditadura militar, que tinha como objetivo provocar danos sensoriais com consequências na esfera psíquica, como alucinações, confusão mental e morte, é impactante.
A família alegre de Rubens Paiva, após sua prisão, fica com palavras e sentimentos revirados por dentro. A foto no final do filme, em que o fotógrafo pede para ficarem sérios e eles sorriem, mostra que o sorriso fica ali para a vida toda, indiferente ao que aconteceu na realidade, que não convida a sorrir. Era como se um arame comprido, invisível, estivesse enroscado dentro da cabeça.