A antes milionária OAB da Bahia entrou em declínio financeiro. O presidente da Ordem, Luiz Viana, cancelou contratos com terceirizados e antecipou que a entidade pode fechar o ano “no vermelho” se medidas de readequação orçamentária não forem adotadas. Até mesmo demissão de funcionários da OAB não é descartada.
Numa entrevista no final de semana, Viana anunciou a negativação dos nomes de advogados inadimplentes com o pagamento de mensalidades no Sistema de Proteção ao Crédito (SPC) da CDL e na Serasa.
O presidente da OAB-Bahia credita o aperto financeiro da entidade à crescente inadimplência. Hoje, 42,5% dos mais de 54 mil advogados baianos estão em dívida com a OAB.
Críticos da gestão de Luiz Viana veem diferente. Apontam a existência de erros na definição de prioridades da OAB baiana, a exemplo de gastos em reconstrução de sedes de subseções no interior do estado, quando seriam recomendáveis pequenas reformas.
EMPOBRECIMENTO DOS ADVOGADOS
A atenção aos advogados também é criticada. O empobrecimento da classe é visto com preocupação. Em parte, o empobrecimento, avaliam críticos, está relacionada à falta de defesa dos profissionais por parte da OAB baiana. “Vários profissionais recebem R$ 30,00, R$ 40,00 por audiência, um valor inaceitável”, cita um crítico.
O empobrecimento, para outro advogado, está relacionado, também, às condições de funcionamento do judiciário baiano. “Se a OAB do nosso estado não luta para que melhore a estrutura do judiciário, a tendência é de cenário ainda mais complicado, pois temos ainda mais profissionais no mercado a cada ano e a mesma estrutura ineficiente do Poder Judiciário, e culpa disso se deve ao silêncio da seção baiana da Ordem”, critica.
Fonte pimentanamuqueca