ADORAÇÃO

“Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.” (1 Coríntios 10.31)

Uma vida de adoração é o que acontece quando vivemos em consagração. Consagrar-se significa unir-se ao sagrado, viver a vida com o sagrado. Viver como cristão, entre outras coisas, significa aprender a viver a vida com o Sagrado. Aprender a perceber e ansiar pela presença de Deus em todo tempo, em cada lugar. Romper com a ideia de que um templo possa ser a casa de Deus. Paulo, que desde o berço aprendeu que o templo era a cada de Deus, por fim declarou: “Deus não habita em templos feitos por mãos humanas” (At 17.24). Ele acabou compreendendo e ensinando que cada um de nós, cada cristão é que é, de fato, casa de Deus (1 Co 3.16). Envolvidos pela presença de Deus, em todo tempo e em qualquer lugar, poderemos celebrar o amor de Deus em tudo que fizermos: adoração.

Em 2018, que tal aprendermos essa possiblidade: adorar a Deus em tudo que fizermos? Ela significa que cada coisa que faz parte de nossa vida, inclusive aquelas que dizem respeito exclusivamente a nós, como comer ou beber, praticar o esporte que gostamos ou torcer para nosso time favorito, viajar ou ler um livro, tudo pode ser incluído em nossa adoração. Dominado por ideias que envolvem liturgias e ritos, temos dificuldades em compreender uma adoração assim, simplesmente natural. Quando penso nisso, lembro-me de minhas filhas, de suas escolhas e estilos de vida. Gosto quando as vejo agindo com responsabilidade, quando percebo que estão felizes e comprometidas com a vida. Sinto-me bem com a minha paternidade quando as vejo indo bem em suas vidas. Deus nos criou para vivermos vidas que celebrem Sua paternidade.

Deus nos ama muito mais e melhor do que amamos nossos filhos e filhas. Nossa vida pode e deve honrá-lo e precisamos aprender sobre isso. Precisamos ir além de nossos artefatos religiosos. A adoração cristã não é apenas o resultado de uma liturgia. Às vezes temo que nossas liturgias falhem em promover verdadeira adoração porque, se nossa vida não estiver em harmonia com o que nossas liturgias declaram, elas não servem à adoração (Is 1.15-17). Adoração não resulta apenas do belo, do adequado, do lógico, do estético. Nosso verdadeiro culto é o nosso modo de viver (Rm 12.1). Hoje é apenas o segundo dia do ano! Não percamos tempo, peçamos ao Espírito Santo que nos ensine a viver e adorar a Deus. Quer comamos, bebamos ou façamos quaisquer outras coisas, que Deus seja adorado. Feliz 2018!

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