Acidente em Teixeira: Morre 11ª vítima

Vítima tinha 82 anos e estava internado no Hospital Sobrasa.

De acordo com o DPT da cidade, corpo foi liberado na tarde da segunda.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Morreu na tarde da segunda-feira (20) em Teixeira de Freitas, cidade localizada a 900 km de Salvador, a 11ª vítima do acidente que ocorreu na BR-101 na quarta-feira (15). Nove pessoas morreram no local, outra morreu no hospital. Mais 20 pessoas ficaram feridas.

Belmiro Debosteriana Bertoli, de 82 anos, estava internado no Hospital Sobrasa e morreu de parada cardiorrespiratória em decorrência de traumatismo. As informações foram confirmadas pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Teixeira de Freitas, onde o corpo foi levado e liberado. Não há informações sobre onde o corpo será enterrado.

Entre os mortos estão Maurício de Souza, Elson de Oliveira, a mulher dele Vera Lucia Alexandrina de Macedo de Oliveira, Maria D’ajuda Francisca dos Santos, Joselita Maria de Jesus, Maria Isabel Marques de Bertolle, Cosma de Jesus e Edna Oliveira Silva.

Um dos sobreviventes, Maria de Lourdes Batista viajava com a mãe no ônibus. “Meu coração estava pedindo para não ir nessa viagem. Eu que resolvo o problema de minha mãe, eu tinha que vir”, relatou em entrevista à TV Santa Cruz.

“Foi questão de segundos. Na mesma hora que a gente estava na pista, a gente estava lá embaixo já. Foi horrível a cena. Parece coisa de filme”, relata Joana Franco.

Investigação

A perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT) feita na BR-101, local onde ocorreu o acidente apontou que a principal hipótese é de perda de atenção por parte do condutor do veículo.

“É possível que ele tenha passado mal ou tenha cochilado ao volante”, afirmou ao G1, na quarta-feira, Bruno Melo, perito criminal de Texeira de Freitas, que realizou inspeções no local em busca de pistas sobre as causas do acidente.

O veículo, da empresa Águia Branca, passou direto em uma curva e caiu em uma área de matagal à beira da pista. “A 100 metros do local tem uma placa bem grande indicando que ali tinha uma curva. Não tinha como ele não ver. Ele passa por ali toda semana. O veículo caiu na baixada e parou a cerca de 70 metros do local onde saiu da pista”, acrescenta o perito. Segundo ele, a pista da rodovia federal estava em boas condições, sem buracos no percurso e bem sinalizada. De acordo com informações do especialista coletadas a partir de análise do tacógrafo, o motorista trafegava a 80 km/h.

O perito informa ainda que não há sinal de frenagem do ônibus interestadual na pista. Melo acrescenta que a suspeita de que neblina possa ter causado a perda de controle do veículo não está sendo tratada como a principal linha de investigação. “A neblina não teria atrapalhado ele de ver a placa. O ônibus desceu reto”, avalia o perito.

O veículo possui câmera, cujas imagens foram enviadas pela Águia Branca para uma empresa em São Paulo. Posteriormente, a gravação será entregue ao Departamento de Polícia Técnica. “A câmera filma o corredor e a cabine onde estava o motorista”, afirma o perito.

Acidente

O acidente ocorreu no início da manhã da quarta-feira, a 15 km da cidade de Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia. O ônibus, da empresa Águia Branca, que fazia a linha Vitória, no Espírito Santo, até Itamaraju, transportava 30 pessoas, com o motorista. O veículo saiu com 27 passageiros do estado vizinho e mais quatro embarcaram em Linhagem (ES). Na parada de São Mateus, também no ES, mais dois subiram no ônibus.

Entre os mortos está o condutor do veículo. O acidente deixou, ao menos, 21 pessoas feridas. Dezessete delas foram para o Hospital Municipal de Teixeira de Freitas. Entre elas está uma criança de dois anos de idade, que não corre risco de morte, segundo a assistência social da unidade de saúde.

Por meio da assessoria de imprensa, a Águia Branca afirma que o motorista, um dos mortos, é considerado “top de ouro” pelo programa de qualificação técnica da empresa. Ele parou às 2h50 na “sala de estimulação” do posto de São Mateus e saiu às 3h05. Segundo a empresa, esse tipo de sala existe em todas as rotas e serve para revigorar o cansaço dos profissionais durante o percurso, como medida preventiva no caso de acidentes. Na sala, há estimulação luminosa, de atividade física e de alimentação.

Além disso, a Águia Branca informa há uma definição de velocidade em todas as rotas em que trafegam os ônibus da empresa, por meio de um sistema de telemetria. Por esses dois elementos, a empresa não trabalha com as hipóteses de que o motorista teria dormido ou que tenha havido excesso de velocidade e apura se algum fato externo, como animal ou buraco na pista, pode ter provocado a fatalidade.

O DPT vai realizar a necropsia no motorista para saber se ele pode ter sido vítima de um mal súbito.

 

Fonte: G1

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