A VOLTA DE CRISTO

“E eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia. De repente surgiram diante deles dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir.” (Atos 1.10-11)

As Escrituras nos falam da volta de Jesus e a história cristã tem sido marcada por lembrança através de pregações, livros, canções… Mas, como reagimos a ela? Sob que perspectivas falamos sobre ela? Muitos referem-se à volta de Jesus com o texto apocalíptico nas mãos, pretendendo interpretar os sinais, as trombetas. Muitas vezes prega-se sobre ela num tom ameaçador, como se Jesus estivesse esperando nosso pior momento, nosso descuido, para voltar e nos pegar em maus lençóis. Mas essas não são as únicas perspectivas possíveis. Em lugar de produzir medo, a volta de Jesus tem me animado diante da vida e fortalecido minha esperança.

Pensar na volta de Jesus leva-me a certeza de que, um dia, a verdade triunfará nesse mundo em que ela nem sempre prevalece. E isso fortalece em mim o desejo de ser verdadeiro, de ser eu mesmo. Ser eu mesmo o máximo possível diante das pessoas e o completamente possível diante de Deus. Isso me possibilita mudar, melhorar. Fingir ser quem não sou diante das pessoas me condenaria a continuar sendo o que os outros nem imaginam. E diante de Deus, seria uma grande perda de tempo. E para ser uma boa testemunha de Cristo, preciso ser eu mesmo.

Pensar na volta de Jesus alimenta em mim a esperança da redenção de todas as coisas. Tudo acabará bem. A natureza será regenerada em novos céus e terras. As bem-aventuranças finalmente serão plenamente cumpridas. Não haverá mais templos, pastores, bispos, apóstolos e seja lá mais o que a religião invente. Prevalecerá a comunhão dos filhos de Deus na gloriosa simplicidade da presença do Deus Trino.

Pensar na volta de Jesus me encoraja a amar o próximo pois quando ele voltar somente reconhecerá aqueles que o serviram enquanto serviam e amavam o necessitado (Mt 25.31-46). Penso ser infantilidade espiritual pretender enfrentar demônios e realizar milagres ou mesmo ser visto como um profeta, pois entre estes, muitos ouvirão do Senhor: “nunca os conheci” (Mt 7.22-23).

Jesus vai voltar. Quando, não é possível saber. Os sinais característicos tem estado presentes ao longo de toda história. Cada geração viu os seus. Muitos arriscaram-se a prever e jamais alguém acertou ou acertará. Penso na volta de Jesus lendo os Evangelhos e neles vejo Cristo amando e buscando pecadores. Vejo-o indisposto e se opondo aos religiosos. Os que se consideravam melhores que outros jamais o agradaram. Aos demais, Ele sempre mostrou misericórdia. É esse Cristo que voltará e os parâmetros de seu juízo já foram revelados.

Quero esperá-lo como um pecador, carente e dependente de sua graça. Quero esperá-lo com a calma de quem sabe que é amado e foi perdoado. Não tenho medo e não quero jamais alimentar o medo em pessoa alguma sobre a volta de Cristo. O que desejo é inspirar os que puder a confiarem, entregarem-se e descansarem. Afinal, Cristo voltará e tudo terminará bem.

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