A vida assusta você?

“Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim.” (João 14.1)

A ansiedade, nas suas mais diversas formas e intensidades, está disseminada entre nós. Uma das razões é porque a vida pode assustar. E pode assustar ao ponto de produzir enfermidade, como a síndrome ou transtorno do pânico. Segundo especialistas, ela é uma doença que se caracteriza pela ocorrência repentina, inesperada e de certa forma inexplicável, de crises de ansiedade aguda, marcadas por muito medo e desespero. Ela traz consigo sintomas físicos e emocionais que atingem sua intensidade máxima muito rapidamente, em até 10 minutos. Neste momento de pânico, em geral de curta duração, a pessoa experimenta a nítida sensação de que vai morrer, ou de que perdeu o controle sobre si mesma e vai enlouquecer.

Pergunto-me se havia pessoas que sofriam com ataques de pânico no primeiro século? Creio que a ansiedade já estava presente, mesmo sem automóveis, celulares e cidades super populadas. No final do Sermão do Monte vemos Jesus orientando seus ouvintes a superarem a ansiedade crendo no amor de Deus (Mt 6.35-33). Paulo também falou sobre ansiedade à igreja de Filipos, indicando a oração como remédio (Fl 4.6-7). A ansiedade tem tido causas diversas ao longo da história. Num mundo desviado da vontade de Deus a vida assume formas e adota caminhos que produzem insegurança e ansiedade.

Dependendo do nível de nossa ansiedade, precisaremos de apoio de medicamentos, assim com de um bom processo terapêutico. Nem sempre daremos conta sozinhos das questões da vida. Podemos sobreviver, sem dúvida, mas perderemos qualidade de vida. Por outro lado, independente o nível de nossa ansiedade, podemos e devemos dar ouvidos às palavras de Jesus e viver confiando no amor de Deus. Ele disse: “Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim.”

A fé tem um lugar todo especial no enfrentamento da vida, no equilíbrio e sobriedade diante das pressões, inseguranças e angústias. Cada dia poderá oferecer desafios e oportunidades preciosas para praticarmos a confiança em Cristo, no que Ele fez por nós e em suas promessas. Em meio a falta de recursos ou respostas, podemos crer no amor de Deus e em sua presença conosco.

Confiar em Deus não é uma forma de obtermos o que desejamos. Pode ser que isso não aconteça. O diagnóstico indesejado pode se confirmar, o emprego pode ser perdido, podemos sofrer o abandono… Confiar em Deus é enfrentar o que não desejamos crendo que Ele está conosco. A vida pode ser assustadora, mas Deus nos ama. Jesus, sabendo disso, já se antecipou: não se perturbem! Confiem em Deus e em mim. Seja lá o que precise enfrentar, ouça Jesus e confie!

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