“Disse o Senhor: O que foi que você fez? Escute! Da terra o sangue do seu irmão está clamando.” (Gênesis 4.10)
Hoje vamos conversar sobre a segunda pergunta de Deus a Caim. A primeira, considerada ontem, foi “onde está o seu irmão Abel?”. A de hoje, igualmente importante, é: “o que foi que você fez?”.
Essa pergunta é muito potente! Ela nos pede para considerar nossos atos, nossas atitudes. Ela confronta nossa consciência e nos coloca sob avaliação, sob juízo. “O que foi que você fez?” significa muito mais que apenas lembrar um ato praticado.
O que fizemos foi correto? Foi justo? Atendeu aos requisitos e valores que dizemos abraçar ou os contrariou? E, no caso de quem se afirma cristão, o que fizemos corresponde ao que Cristo nos inspira a fazer?
Um antigo livro chamado “Em seus passos que faria Jesus?” impactou gerações. Ele narra a experiência de um cristão que passou a perguntar a si mesmo o que Jesus faria se estivesse enfrentando a mesma situação que ele. Uma abordagem bem interessante e desafiadora. Ela coloca em questão não apenas o que imaginamos que Ele possa fazer em nosso lugar, mas essa obra provoca-nos em considerar o quanto compreendemos, bem ou mal, a natureza do Evangelho. Do contrário poderemos ser guiados por idealizações que desrespeitariam nossa humanidade e a própria vida.
Jesus confrontou os líderes religiosos, não deu crédito aos que se achavam justos, foi misericordioso com pecadores e pecadoras, não cedeu a bajulações, maravilhou-se diante da fé de pessoas simples e revelou estranheza com a incapacidade dos mestres em compreender os caminhos de Deus. Ele não cedeu em troca da aceitação e compreensão de pessoas e fez de pecadores seus amigos mais chegados. Ele falou de sua dor e angustia aos seus amigos e pediu que orassem. Ele não desistiu de Pedro, mas sabia que com Judas a história seria outra. Não é tão simples saber o que Jesus faria. Mas podemos saber o que fazer de melhor inspirados em Jesus. Ele não espera o que não podemos!
Que possamos pensar sobre nossos atos acompanhados por Jesus e fazer isso com humildade e anseio por acertar. Avaliemos seriamente o tipo de resultado e contribuição que nossas atitudes produzem. Consideremos nossos motivos, se há amor em nossas ações. É bom pensar antes de agir e é indispensável avaliar os resultados de nossas ações. E se errarmos, que saibamos lidar com as consequências. Devemos viver com o Evangelho de Cristo bem fresco em nossa mente. Devemos, com calma e reverência, escutar a Palavra de Deus que vem dele. Erraremos, mas poderemos evitar muita maldade! Jamais deixaremos de ser falhos, mas devemos ser sábios para evitar o mau e humildes para assumir nossos erros.