“Tu me cercas, por trás e pela frente, e pões a tua mão sobre mim. Tal conhecimento é maravilhoso demais e está além do meu alcance, é tão elevado que não o posso atingir. Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da tua presença?” (Salmos 139.5-7)
Há nas Escrituras um relato bastante interessante, vivido por Jacó quando fugia de seu irmão Esaú. A certa altura de sua jornada, no final do dia, ele adormeceu e sonhou. Em seu sonho apareceu uma escada que unia a terra ao céu. Não o céu no sentido físico, mas espiritual – o lugar da habitação de Deus. E pela escada mensageiros de Deus subiam e desciam. Ao acordar, a conclusão de Jacó foi: “Sem dúvida o Senhor está neste lugar, mas eu não sabia” (Gn 28.16) E o que se segue é um compromisso de Jacó com Deus. Ele deseja que o Senhor o guie, levando-o e trazendo-o de sua jornada para que fosse bem sucedido.
Temos desperdiçado Deus por ignorar sua presença em nossa vida. Nossas ocupações, que poderiam ser formas de honrar a Deus, têm se tornado distrações que nos cegam e nos afastam de Deus. Os bens que poderiam ser em nossas mãos bênçãos e em nossas vidas alimentar a gratidão e a adoração a Deus, transformam-se gradativamente em nossos deuses. Invertemos a ordem das coisas: queremos que Deus sirva ao propósito de nos abençoar com bens em lugar de nossos bens servirem ao propósito de louvar a Deus. Precisamos aprender a desfrutar e nos encantar com a presença de Deus. Ela é fundamental para nossa vida. Não pelo que Ele pode nos dar, mas por quem nos tornamos quando vivemos em comunhão e submissão a Ele.
Irmão Lourenço, um frei que viveu no século dezessete, decidiu que se lembraria de Deus minuto a minuto durante seu dia. E mesmo sendo apenas um cozinheiro, com panelas para cozinhar e pratos sujos para lavar enchendo seu dia, sua vida influenciou pessoas por toda Europa. No século vinte, Frank Laubach, um missionário nas Filipinas e em outros países, dedicou-se a alfabetizar e transformou a vida de milhares de pessoas. Ele tinha um lema: “com Deus segundo a segundo”. A vida e obra desses dois homens foi unida na obra “Praticando a Presença de Deus”. A presença de Deus é para ser experimentada e praticada. Ela produz bons frutos. Frutos de vida que glorificam ao Pai Celeste. Nossa vida será um desperdício de Deus se como eles, não praticarmos Sua presença!