A hora de fazer a coisa certa

Decidir o curso universitário talvez seja uma das coisas mais difíceis a ser feita na juventude. Em outras oportunidades já dividi com vocês que mesmo na infância, antes de me dar conta que não possuía habilidades matemáticas, eu já me interessava por cursos da área de ciências humanas. Por gostar de ouvir e ajudar as pessoas, pensei em psicologia, mas depois minha inclinação mais forte foi para o jornalismo, até que perto da hora da escolher considerei o Direito, e como vocês sabem, este é o meu curso.

Minha intenção hoje é falar um pouco desta faculdade e para quem sabe, ajudar aqueles que se sentem inseguros com esta profissão. O curso de direito tem a duração de cinco anos, e no final, há a prova para a Ordem dos Advogados do Brasil, que não é obrigatória; ou seja, é possível concluir o curso e ser um bacharel em direito, o que possibilita ser professor na área e prestar alguns concursos, mas para ser advogado e fazer os concursos mais almejados, é necessária esta etapa da OAB.

Enganam-se aqueles que pensam que nas aulas de direito só se estudam leis e nosso maior desafio é gravar os artigos de todos os códigos. Há na grade curricular as mais variadas matérias, desde História, Filosofia, Economia, Ética, até Sociologia, Antropologia e as mais técnicas como Direito Penal, Direito Civil, Direito Constitucional etc. De modo que estudamos as leis, ao mesmo tempo em que estudamos a evolução do pensamento humano, e o contexto atual das sociedades. Porque afinal de contas, seria muito complicado tomar decisões que afetarão a vida das pessoas, sem conhecer estas mesmas pessoas.

Um bacharel em direito ao optar pela advocacia deve escolher uma área de atuação, a exemplo dos médicos, que possuem sua especialidade. Um advogado deve ser da área penal ou trabalhista, entre outras. Na parte dos concursos, as possibilidades são muito extensas, onde se pode optar por ser juiz, promotor, delegado, procurador (do município, do Estado, da União). E estas possibilidades costumam atrair pessoas muito ambiciosas, que vêem no Direito uma porta apenas para ganhar dinheiro.

Antes de pensar no retorno financeiro, a pessoa que escolhe esta área deve ter em mente que seu ofício é zelar pelos interesses do povo e trabalhar para que estes possam ter uma vida mais digna e justa. Quando um profissional do direito entende que em suas mãos está uma oportunidade de dignificar alguém, sua missão está cumprida. Estamos nessa área por amor ao próximo e para combater as desigualdades. O dinheiro que poderá vir é apenas o resultado de um trabalho bem feito e digno. Ah, e existe sim a parte de gravar artigos de todos os códigos, mas isso não é tão massacrante quanto parece.

 

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