Por Hamilton Farias de Lima
E até parece que foi ontem! É a expressão daqueles mais antigos a exclamar, de forma alegre, respeitosa, triunfal, com misto de orgulho e admiração, pela caminhada de Teixeira de Freitas a completar 33 anos, neste 09 de maio, data maior de sua emancipação político-administrativa, consoante a Lei 4.452/1985 do Estado da Bahia.
Aos milhares de hoje que não conheceram os primórdios da atual Capital do Extremo Sul Baiano, não custa convidá-los a viajar, hipoteticamente, na máquina do tempo, e, em tese, visitar os primórdios do núcleo de atividades produtivas crescentes que, ali estabelecido, em recente passado, vinculava-se territorialmente aos municípios de Alcobaça e Caravelas.
Sua evolução dinâmica é resultante da vontade férrea dos desbravadores oriundos da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e de outros pontos da geografia nacional que empreenderam, com muito trabalho e esforço, os passos iniciais do aglomerado humano como embrião fecundo a transformar-se de vilarejo nos idos de 1960 e, de forma vertiginosa até os tempos atuais, em urbe de progresso, mesmo enfrentando desde aquela época a ausência do poder público em infraestrutura mínima, como estradas, energia, escolas, saúde, dentre tantas outras carências, superadas ao longo de décadas pelas ações do seu povo e lideranças.
Em uma viagem ao passado recente, não há como não se refletir sobre aquelas pessoas, na têmpera de que eram possuídos e no apego ao torrão que, a cada momento, estavam a erigir e de outras tantas que, em continuum, vieram a incorporar-se solidariamente na luta do dia a dia.
Em sendo a terra dadivosa e sobre ela semeando as sementes do amanhã, com trabalho e obstinação, logo os resultados surgiram a indicar melhores dias, numa metamorfose reveladora de uma futura agropecuária, comércio e serviços, sem igual nos diversos rincões do Estado da Bahia, o que emprestava sabor diferenciado à saga dos futuros teixeirenses seus construtores sociais.
Os números de sua estatística atual revelam pujança, espírito empreendedor e dinamismo da sua economia, através dos serviços oferecidos em educação, saúde, comércio, lazer e transporte, por conta de sua organização social e qualidade de vida, após três décadas de plena autonomia política e administrativa. Vejam-se os setores primário, secundário e de serviço, revelados na grandeza do seu Produto Interno Bruto (PIB) – o somatório dos bens produzidos e serviços registrados, em um ano de suas atividades econômicas -, que, de acordo com o IBGE, já ultrapassa a cifra de R$ 2.000. 000.000.00 (dois bilhões de reais), situando Teixeira de Freitas entre as grandes economias dos principais municípios baianos.
Por justiça, observa-se em sua data de emancipação um polo regional em expansão, havido como destaque entre os 417 municípios do Estado, o que lhe confere o merecido título de Capital do Extremo Sul Baiano.
É um centro aglutinador nas vertentes lindeiras de Bahia, Minas Gerais e do Espírito Santo, observando-se aí uma perfeita sinfonia de atividades produtivas, mercantis, políticas e sociais que impelem Teixeira de Freitas a um futuro de grandeza cada vez maior, vista na atualidade como a 10ª cidade em concentração humana, quando está prestes a completar 200.000 habitantes, ao lado de dezenas de milhares outros como população flutuante que por ela transitam em suas diferenciadas nuances de negócios e de coexistir coletivamente, o que a engrandece e a referencia constantemente.
Parabéns à grande mãe, Teixeira de Freitas, em seu aniversário e a todos seus vanguardeiros-arquitetos que fincaram, no passado, as bases do seu desenvolvimento agropecuário, das atividades econômicas afins e da idealização das diversas instâncias para um viver melhor em comunidade, e também, a todos os demais que estão a realizar o seu presente, contribuindo para o seu futuro, a construir assim com trabalho, dedicação e desprendimento uma cidade que orgulha àqueles que a amam!