A BÊNÇÃO DA SUFICIÊNCIA

“Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.” (Mateus 6.33)

Vivemos num mundo de insuficiências. Não há limites para o que podemos desejar. Se amarmos as coisas daqui, se elas forem nossas prioridades, se possuir for nosso alvo, jamais estaremos satisfeitos. Veja o discurso do livro de Eclesiastes: “Quem ama o dinheiro jamais terá o suficiente; quem ama as riquezas jamais ficará satisfeito com os seus rendimentos. Isso também não faz sentido. Quando aumentam os bens, também aumentam os que os consomem. E que benefício trazem os bens a quem os possui, senão dar um pouco de alegria aos seus olhos? O sono do trabalhador é ameno, quer coma pouco quer coma muito, mas a fartura de um homem rico não lhe dá tranquilidade para dormir. Há um mal terrível que vi debaixo do sol: riquezas acumuladas para infelicidade do seu possuidor. Se as riquezas se perdem num mau negócio, nada ficará para o filho que lhe nascer. O homem sai nu do ventre de sua mãe, e como vem, assim vai. De todo o trabalho em que se esforçou nada levará consigo.” (Ec 5.10-15)

Jesus sabia muito bem disso. Muito melhor do que jamais saberemos. Somos suscetíveis a muitas ilusões. Enganamo-nos a respeito de nós mesmo e nos enganamos também a respeito da vida. Acalentamos sentimentos e pensamentos de grandeza e segurança apenas porque possuímos coisas. Ou mergulhamos em tristeza e depressão apenas porque não as possamos! Muitas vezes nos medidos pelo limite do cartão de crédito, por posse, confundindo nossa dignidade com o poder do dinheiro. Ora nos sentido grandes e ora nos sentindo miseráveis. Tudo por causa do dinheiro. E não é fácil superar tudo isso, pois o mundo em que vivemos funciona nessas bases. Como diz o marketing, o mundo trata melhor quem se veste bem! E vestir-se bem envolve muita coisa e não sai barato. Aí nos acostumamos a comprar e compramos até nossa autoestima, enquanto compramos o que vamos vestir.

Mas, por fim, veremos que tudo isso é vaidade e correr atrás do vento (Ec 2.17), uma vez mais voltando ao livro de Eclesiastes. Não há problema em termos posse ou em ganharmos dinheiro. Coisas e dinheiro pode ser uma grande benção. Mas há uma questão fundamental: o que é central em nossa vida? Jesus nos convida a colocar o Reino de Deus no centro. O poder das coisas e do dinheiro e o encantamento das ilusões e anseios dessa vida são ameaças que exigem raízes profundas, do contrário a vida dará errada enquanto tentamos faze-la dar certo. Precisamos de raízes eternas! Raízes que nos ajudem a discernir o melhor, a amar pessoas e não coisas, a cuidar de nossa família, a buscar o temor e submissão a Deus. A conhecer uma grandeza que não se constitui de ter, mas de ser. Essas raízes nos vêm do Reino de Deus. E firmados por elas que experimentaremos a benção da suficiência:  todas as demais coisas nos serão acrescentadas! Uma benção que não depende do quê ou do quanto temos, mas de quem somos para Deus e de quem Ele é para nós!

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