“Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura.” (João 13.5)
Jesus lavou os pés dos discípulos. Se estivéssemos lá Ele teria lavado os nossos pés também. Os discípulos e nós somos bem parecidos. Eles eram, de certa forma, o extrato de todos nós. Eram pecadores. Mas eles pensavam que eram diferentes, assim como nós. É fato que eram discípulos de Jesus e isso mudava tudo. É fato que, se cremos em Jesus somos feitos filhos de Deus, e isso muda tudo! Mas tanto uma quanto outra coisa não se deram porque os discípulos ou nós merecemos, por sermos superiores. Foi pela graça! Deus nos amou e nos chamou de filhos porque por Sua maravilhosa graça revelada em Cristo. Exceto Jesus, naquela mesa só havia pecadores. Seríamos mais um se lá estivéssemos.
Na verdade, simbolicamente estávamos lá ao redor daquela mesa. Éramos um dos discípulos. Nossa igreja estava lá representada e cada um de nós, sem excessão. Repetidamente os discípulos entravam em conversas sobre qual deles seria o maior (Lc 22.24; Mc 9.34). Em certo momento dois deles chegaram a pedir a Jesus que dessem a eles os dois principais lugares em Seu reino. Eles criam até ali que Israel, sob a liderança de Jesus, voltaria a ser livre e o Mestre seria o rei da nação. E aí eles queriam o privilégio de serem seus principais auxiliares: um se assentaria à direita e outro à esquerda (Mc 10.35-37). Mas aí Jesus coloca-se de joelhos diante de todos e lava-lhes os pés. O que poderia significar isso? Imagino que ficaram confusos. Também ficaríamos pois somos parecidos com eles.
A agenda de Jesus era outra completamente diferente da agenda dos discípulos e, consequentemente, da nossa. Não é natural ou fácil seguir a dele. Um dos principais itens de Sua agenda é o serviço. É ajoelhar-se e, com a toalha em volta da cintura, lavar os pés dos pecadores. É ser humilde e ser útil para o bem do outro. Todos gostamos de ser servidos, mas seguir a Jesus nos desafiará a ir em sentido oposto e sermos os primeiros a servir. Por isso, pare um pouco e sinta a verdade sobre si mesmo: esse seu coração é de um servo, como o de Seu Mestre? Ou de um senhor, ávido por poder e obcecado pelo lugar mais importante? Ore e peça ajuda ao Pai. “Da-me um coração igual ao teu”, é o que costumamos cantar. Se é o que realmente queremos, então a oportunidade está diariamente diante de nós: devemos aprender a servir!