O sono por si só já é algo bem curioso… afinal, passamos cerca de um terço de nossas vidas dormindo, sem falar que, apesar de ser indispensável — pois a falta dele pode ter consequências dramáticas para a nossa saúde mental e física —, ninguém sabe explicar ao certo por que é que ele é tão necessário.
O pessoal do site ListVerse publicou um artigo com uma série de informações fascinantes sobre o sono, e nós aqui selecionamos cinco das mais interessantes para você conferir:
1 – A temida paralisia
Já aconteceu com você de acordar de repente e descobrir que você não consegue se mexer? A experiência costuma provocar verdadeiro pânico em quem passa por ela e já foi associada a diversas lendas. No Japão, por exemplo, a paralisia do sono seria provocada por um monge demoníaco que acorrenta suas vítimas, e na região do Caribe, os responsáveis seriam as almas de bebês que morreram sem ser batizados.
Em algumas áreas da África, acredita-se que a paralisia do sono é obra de zumbis, e outra ideia bastante comum é a de que o fenômeno ocorre durante as abduções alienígenas. Contudo, essa condição é uma velha conhecida da ciência, acontecendo quando o cérebro se desperta do estado REM — fase do sono na qual os sonhos são mais nítidos —, mas o corpo não.
2 – Contando ovelhas
Se você sofre de insônia, provavelmente já deve ter ouvido alguém — bem-intencionado — sugerindo que você conte ovelhinhas para cair no sono. Pois essa ideia existe há muito tempo, e parece que tem sua origem no ato de literalmente contar ovelhas. Isso por que os pastores que cuidavam dos animais durante a noite, preocupados que algum predador atacasse os bichinhos, contavam as ovelhas repetidamente para garantir que nenhuma tinha sumido.
Eventualmente, os pastores, coitados, acabavam caindo no sono. Mas isso ocorria por pura exaustão, e não porque contar ovelhas tem algum efeito sonífero. Na verdade, a ideia por trás da contagem é que dessa forma ocupamos a mente com algo monótono enquanto afastamos as preocupações cotidianas. Contudo, quando se trata de empregar a técnica de visualização para relaxar, o melhor é imaginar um local ou situação bem tranquila.
3 – O olfato não é despertador
Você já se perguntou como é possível que pessoas que estiveram presentes em incêndios não acordaram com o cheiro de fumaça? Pois saiba que a nossa habilidade de reagir na presença de diferentes odores muda quando estamos dormindo. Isso foi comprovado durante um estudo conduzido pela Universidade Brown no qual os cientistas expuseram voluntários a uma variedade de cheiros enquanto eles dormiam.
Segundo os cientistas, assim que se encontravam em estado de sono profundo, os participantes não demonstraram qualquer tipo de reação, mesmo quando em contato com cheiros muito fortes. E isso foi observado inclusive quando os voluntários dormiam com um dispositivo que mantinha suas bocas fechadas e os forçava a respirar pelo nariz.
4 – Teorias
Como comentamos acima, ninguém sabe explicar exatamente por que é que o sono é tão necessário e, se isso continua sendo um mistério até hoje, imagine só as teorias que os nossos antepassados não tinham sobre ele! As primeiras são dos gregos, que acreditavam que o sono era provocado quando os vasos sanguíneos transportavam o sangue da pele até o centro do corpo e, quando o fluxo era revertido, então as pessoas acordavam.
Outra explicação — dos gregos — era a de que o sono estava associado com a digestão e, evidentemente, ainda existia uma teoria baseada na mitologia. Neste caso, o responsável era o deus do sono Hypnos, que vivia em Erebos, ou seja, na eterna escuridão, e todas as noites ele vinha acompanhado de seu irmão Thanatos, o deus da morte.
Já para os antigos egípcios, os dorminhocos entravam em um mundo entre a terra dos mortos e dos vivos, sendo que os sonhos e os pesadelos eram atribuídos aos espíritos. Além disso, os egípcios também acreditavam que o algumas vezes sono era uma forma que os mortos haviam encontrado para se comunicar com os vivos.
5 – Bebedeiras e sono
Engana-se quem pensa que um trago ou dois pode ajudar alguém a dormir melhor. Alguns estudos realizados para avaliar os efeitos do álcool sobre o sono revelaram que, embora a bebida realmente faça com que as pessoas adormeçam mais depressa, a ingestão da substância pode reduzir a fase REM do sono e provocar mais pesadelos, resultando em interrupções durante esse período de torpor.
Além disso, os estudos também revelaram que as mulheres sofrem mais com os efeitos do álcool do que os homens por geralmente processar essa substância mais depressa. Isso sem falar que algumas condições como o refluxo gástrico, apneia e insônia podem ser agravadas com o consumo de bebidas.