320 mil crianças foram registradas sem o nome do pai em 2020 e 2021

320 mil crianças foram registradas sem o nome do pai em 2020 e 2021
320 mil crianças foram registradas sem o nome do pai em 2020 e 2021. Foto: reprodução

320 mil crianças foram registradas sem o nome do pai nos 2 anos da pandemia. Isso representa um aumento de 30% quando comparado aos dados de 2019. Os números são da Arpen – Brasil – Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais.

O levantamento foi feito em mais de 7,6 mil Cartórios de Registro Civil em todos os municípios do país. O sudeste lidera o ranking das regiões com queda no reconhecimento de paternidade durante a pandemia, com redução de 40% na comparação ao período pré-pandemia. Já a região norte é a que concentra o maior número de crianças com pais ausentes.

Andreia Gagliardi, diretora da Arpen, afirma que essa queda pode ser fruto de dificuldades nos deslocamentos em decorrência do lockdown, crise econômica e até mesmo morte dos genitores pela covid-19. Mas ressalta que o reconhecimento é gratuito e muito simples. Caso os pais sejam casados, a própria mãe pode ir a um cartório com o documento e fazer o registro. Se o pai não for o cônjuge, precisa comparecer ao cartório e reivindicar a paternidade. Caso isso não aconteça, a mãe ou o próprio filho, depois da maioridade, pode solicitar a inclusão do nome do genitor.

Se o pai não reconhecer o vínculo, o juiz encaminha o caso para o Ministério Público ou Defensoria Pública onde se inicia uma ação de investigação de paternidade.

Os números desse levantamento são usados todos os anos para campanhas e mutirões do judiciário e de outros órgãos governamentais no incentivo ao reconhecimento paterno.

Fonte: EBC

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