2022/2023

2022/2023

Nesta passagem de ano, lembro do que li do filósofo americano Thoreau. Escreveu muitas coisas que talvez possam nos ajudar a viver de um modo mais inteligente, mais eficaz, mais bonito, menos angustiado .

Thoreau, por exemplo, desolava-se vendo seus vizinhos só pouparem e economizarem para um futuro longínquo. Que se pensasse um pouco no futuro, estava certo. Mas “melhore o momento presente”, exclamava. E acrescentava: “Estamos vivos agora”. E comentava com desgosto: “Eles ficam juntando tesouros que as traças e a ferrugem irão roer e os ladrões roubar”.

A mensagem é clara: Não sacrifique a sua vida hoje pensando em 2023. Se você se sente feliz agora, tome alguma providência agora, pois só na sequência dos “agoras” é que você existe.

Cada um de nós, aliás, fazendo um exame de consciência, do ano de 2022, lembra-se pelo menos de vários “agoras” que foram perdidos e que não voltarão mais. Há momentos na vida que o arrependimento de não ter tido ou não ter sido ou não ter resolvido ou não ter aceito, há momentos na vida em que o arrependimento é profundo como uma dor profunda.

A vida inteira Thoreau pregou e praticou a necessidade de fazer agora o que é mais importante para cada um de nós.

Thoreau achava que o medo era a causa da ruína dos nossos momentos presentes. E também as assustadoras opiniões que nós temos de nós mesmos. O medo faz, segundo ele , ter-se uma covardia desnecessária.

A natureza adapta-se tão bem à nossa fraqueza quanto à nossa força. Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!

Feliz Ano Novo.

*João é natural de Salvador, onde reside. Engenheiro civil e de segurança do trabalho, é perito da Justiça do Trabalho e Federal. Neste espaço, nos apresenta o mundo sob sua ótica. Acompanhe semanalmente no site www.osollo.com.br.

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