Hermes Hess, filósofo alemão, escreveu muitas coisas nos seus livros, e talvez possam nos ajudar a viver de um modo mais inteligente, mais eficaz, mais bonito, menos angustiado. Ele disse que o homem não existe senão em sua idade concreta, e que tudo muda com a idade. Compreender o outro significa compreender a idade que ele está atravessado.
Acreditamos que uma vida de oitenta anos é o mínimo que nos espera, do ponto de vista biológico e a aceleração da história transformou profundamente a existência individual que, nos séculos passados, se desenrolava, do nascimento até a morte numa única época histórica, hoje ela salta duas, às vezes mais. Se, antigamente, a história avançava muito mais lentamente do que a vida humana, hoje é ela que vai mais depressa, que corre, que escapa ao homem, de tal modo que a continuidade e a identidade de uma vida correm o risco de se romper, por tanta preocupação em vez de pensamento.
Neste inacreditável momento atual o cérebro não sabe quando calar a boca, no silêncio podemos escutar nossa alma. Ficar em silêncio é como esvaziar o lixo. Quando você para de jogar lixo no vazio- palavras, palavras e mais palavras – algo importante sobe a superfície. E quando o silêncio é uma experiência compartilhada, pode ser uma mina de ouro para pensamentos e sentimentos que nem mesmo sabia existir. Até mesmo uma grande alegria, às vezes, é mais bem expressa através do silêncio. Então, ficamos sentados em silêncio, sorrindo. Olha para livrar nossa alma deste mundo absurdo da “negação” A maldade, do mundo do absurdo, existe para a massa amorfa, os inábeis e inacabados, os manipuláveis, só vivendo mais devagar.