Estudantes do Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde Adélia Teixeira ocupam a sede da instituição desde a segunda-feira (8) cobrando uma série de reivindicações que visam melhorias no ensino. De acordo com o estudante Luís Chaves Novaes, presidente do Grêmio Estudantil Fénix, entre as pautas está a falta de estágios que tem prejudicado a inserção dos jovens recém-formados no mercado de trabalho.
“Principalmente a questão de estágios, pois temos alguns alunos que se formaram agora em 2016 e não receberem nem o certificado técnico e nem o certificado de conclusão do ensino médio, porque não conseguiram faz a sua carga horária prática de estágio supervisionado. E aí nós estamos lutando por aqueles que já se formaram e também por nós, pois o que está acontecendo com eles vai acontecer conosco, que estamos no segundo, no terceiro e quarto ano”, comentou. Ainda de acordo com o líder estudantil, “a questão da terceirização, que tem deixado diversos servidores contratados pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia sem salários é uma situação preocupante, que se repete há mais de quatro anos. Atualmente, estão há quase cinco meses sem receber salários. O Governo [do Estado] tem utilizado a mídia para dizer que já pagou esses funcionários, mas não foi pago ainda. Nós temos caso de funcionários que estão passando fome, outros têm andado quinze quilômetros até aqui para poder vir trabalhar. É um caso bem desumano, porque o próprio Sindicato [Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública do Estado da Bahia] ameaça dizendo que se eles pararem de trabalhar não serão recontratados por uma nova empresa”, denunciou Luís Chaves. Dentro do Colégio Adélia Teixeira os discentes armaram suas barracas e têm realizado diversas plenárias, discutindo a educação com diversos professores, como, por exemplo, o filósofo Euvaldo Gomes Contiguiba. O Núcleo Regional de Educação (NRE 20) deverá se manifestar dentro das próximas horas.
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