Cosmovisão, visão de mundo, mundividência ou, na forma original em alemão, Weltanschauung, é um conjunto ordenado de valores, crenças, impressões, sentimentos e concepções de natureza intuitiva, anteriores à reflexão, a respeito da época ou do mundo em que se vive. Tive esta percepção durante a pandemia, muitos não acreditando na ciência.
Mas faço uma analogia entre a visão de um policial e a visão do leigo, na cena de um crime. O leigo veria apenas o cadáver, mas o investigador lembraria do cinzeiro, o sabonete na banheira, algum alfinete no chão, um fio de cabelo na poltrona, a mancha no tapete.
Minha exigência é o meu tamanho, é minha medida. A sua visão do mundo é a sua medida.
Porque a luz que esclarece a razão ou ciência também alumia suas crenças. O mundo não se conhece a si próprio. Estamos tão atrasados em relação a nós mesmos. Tudo que eu achei que soubesse sobre a coerência do mundo, de repente flutuou para longe como um balão que a gente solta, nesta pandemia.
Vi que fora da ciência existe a escuridão das crenças. A corda da sensibilidade vibra menos em alguns corações. Deus faz doçuras muito tristes. Será que deve ser bom ser doce assim num mundo tão contraditório?