Vice-governador da Bahia nega acusações da operação Lava Jato

João Leão prestou depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (9).

Defesa do político pediu arquivamento da investigação, por falta de provas.

O vice-governador da Bahia e secretário do Planejamento, João Leão, prestou depoimento à Polícia Federal (PF), em Brasília, nesta terça-feira (9). O político foi um dos citados em delações da Operação Lava Jato.

Através de nota, o advogado de Leão informou que o vice-governador negou as acusações feitas pelos réus delatores e destacou que nenhuma prova foi apresentada contra o cliente.

Ainda segundo o advogado do político, por causa da ausência de provas, a defesa de João Leão pediu o arquivamento da investigação. O pedido será apreciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Investigações

Em 6 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, autorizou a abertura de inquérito para investigar 47 políticos em todo país.

Em nota divulgada pela assessoria de comunicação de João Leão na época, o político disse que “é um dos momentos mais espinhosos” da sua vida política.

“Ao longo de 28 anos de vida pública, posso afirmar que este é um dos momentos mais espinhosos. Estou triste, estou surpreso e ao mesmo tempo forte para iniciar esta luta: sou inocente e vou provar. Eu acredito em Deus e na Justiça. Tenho a mais absoluta certeza de que a verdade vai aparecer e todos os fatos serão esclarecidos de forma transparente. De que cabeça erguida, com o apoio dos amigos, da família e do povo, continuarei trabalhando em defesa da Bahia e do Brasil”, diz o comunicado.

 

Ao todo, serão investigados 22 deputados federais, 12 senadores, 12 ex-deputados e uma ex-governadora, pertencentes a cinco partidos, além de dois dos chamados “operadores” do esquema – o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e lobista Fernando Soares, o “Fernando Baiano”.

O PP é o partido com mais políticos entre os que responderão a inquéritos (32). Em seguida, vêm PMDB (sete), PT (seis), PSDB (um) e PTB (um).

Veja os nomes de todos parlamentares alvos dos inquéritos.

PP

– Senador Ciro Nogueira (PI)

– Senador Benedito de Lira (AL)

– Senador Gladson Cameli (AC)

– Deputado Aguinaldo Ribeiro (PB)

– Deputado Simão Sessim (RJ)

– Deputado Nelson Meurer (PR)

– Deputado Eduardo da Fonte (PE)

– Deputado Luiz Fernando Faria (MG)

– Deputado Arthur Lira (AL)

– Deputado Dilceu Sperafico (PR)

– Deputado Jeronimo Goergen (RS)

– Deputado Sandes Júnior (GO)

– Deputado Afonso Hamm (RS)

– Deputado Missionário José Olímpio (SP)

– Deputado Lázaro Botelho (TO)

– Deputado Luis Carlos Heinze (RS)

– Deputado Renato Molling (RS)

– Deputado Roberto Balestra (GO)

– Deputado Roberto Britto (BA)

– Deputado Waldir Maranhão (MA)

– Deputado José Otávio Germano (RS)

– Ex-deputado e ex-ministro Mario Negromonte (BA)

– Ex-deputado João Pizzolatti (SC)

– Ex-deputado Pedro Corrêa (PE)

– Ex-deputado Roberto Teixeira (PE)

– Ex-deputada Aline Corrêa (SP)

– Ex-deputado Carlos Magno (RO)

– Ex-deputado e vice governador João Leão (BA)

– Ex-deputado Luiz Argôlo (BA) (filiado ao Solidariedade desde 2013)

– Ex-deputado José Linhares (CE)

– Ex-deputado Pedro Henry (MT)

– Ex-deputado Vilson Covatti (RS)

 

PMDB

– Senador Renan Calheiros (AL), presidente do Senado

– Senador Romero Jucá (RR)

– Senador Edison Lobão (MA)

– Senador Valdir Raupp (RO)

– Deputado Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara

– Deputado Aníbal Gomes (CE)

– Ex-governadora Roseana Sarney (MA)

 

PT

– Senadora Gleisi Hoffmann (PR)

– Senador Humberto Costa (PE)

– Senador Lindbergh Farias (RJ)

– Deputado José Mentor (SP)

– Deputado Vander Loubet (MS)

– Ex-deputado Cândido Vaccarezza (SP)

 

PSDB

– Senador Antonio Anastasia (MG)

 

PTB

– Senador Fernando Collor (AL)

 

 

 

 

 

 G1

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