Minha primeira e única viajem de navio foi há vinte e três anos, no Splendor of the Seas, popularizado e consagrado pelo público brasileiro quando chegou por aqui no ano 2000, o Splendour of the Seas marcou uma época e tornou-se o “queridinho” de todos.
Era diferenciado dos demais navios, muito luxuoso. Possuía dois grandes elevadores panorâmicos no amplo Atrium envidraçado e espelhado, uma piscina coberta, restaurante de 2 andares, o famoso buffet Windjammer Café (marca registrada da Companhia em todos os seus navios), parede de escalada, entre muitas outras “inovações”. Tinha a cidade de Santos/SP como “sua casa”.
Quando viajamos numa excursão curta de Santos a Angra dos Reis vi o mar que parecia liso e se bastava de sua própria luz, e dei um profundo suspiro de contentamento, sentindo que a tensão do cotidiano tinha ficado para trás. Naquele convés senti que poderia ficar lá sentado para sempre, com tanta opção a bordo pensava segundo a disposição do dia, isto é podia ficar na piscina, na sala de musculação ou no cassino e anoite fomos a boate e ficamos até o amanhecer, só acho que nunca ficaria trinta dias ali, acho que após determinado tempo se transforma numa prisão de luxo, você só tem aquele espaço.