Vereadores de Mucuri são presos sob acusação de corrupção

A cidade de Mucuri conheceu nesta quinta-feira, 22 de dezembro, uma manhã agitada envolvendo o mundo político daquela cidade. A Operação “Caribe”, promovida pelo Ministério Público do Estado da Bahia, cumpriu 4 dos 7 mandados de prisão emitidos pela justiça. A operação visa desbaratar um propalado esquema de corrupção existente na Câmara Municipal de Mucuri, envolvendo vereadores e empresários do ramo imobiliário, que pagavam vultosas somas a 6 vereadores que, por sua vez, aprovavam e apressavam projetos de lei de interesse do setor imobiliário, sem a observação de quaisquer considerações sobre a legislação e o interesse público. Segundo a promotora Milena Moreschi, que atua em conjunto com o promotor Pablo Antônio Cordeiro de Almeida, os indícios são fortíssimos, daí o pedido das prisões.

Das 4 pessoas presas, 3 são vereadores e o outro detido é um empresário do ramo imobiliário e do fomento do eucalipto. Além da promotora Milena Moreschi e o promotor Pablo Antônio Cordeiro Almeida, participaram das prisões prepostos do GAECO – Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas – e policiais da CAEMA, além de agentes da 8ª. COORPIN, sob o comando do delegado coordenador Marcus Vinicius. Eles estavam de posse de 7 mandados de prisão preventivas e 9 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo juiz Leonardo Santos Vieira Coelho, de Mucuri.

Os sete mandados de prisão preventiva foram expedidos tendo em vista requerimento do Ministério Público, o qual propugnou pela prisão de seis dos nove vereadores do município de Mucuri, entre eles o presidente da Casa, vereador Carlos Gonçalves de Souza, o “Tazinho”, do PSDB, além do empresário do ramo imobiliário da Nova Viçosa e Mucuri. A promotora de Justiça lembra que o procedimento investigativo foi iniciado na última segunda-feira, dia 19, após ela ter recebido representação de um vereador de Mucuri, (Manoel Nergino Cruz, do PSDB), da qual constavam a gravação da proposta de corrupção e um pacote com R$ 5 mil recebido pelo edil. O esquema fraudulento consistia no pagamento total de R$ 25 mil a cada edil ou pagamento em dinheiro de R$ 5 mil e mais um lote. “Como existiam fortes indícios de corrupção ativa, solicitamos de imediato os mandados de prisão e de busca e apreensão”, destaca Milena Moreschi.

Já foram efetuadas as prisões do empresário Arlei Francisco, o Arley da Traterra, de Carlos Gonçalves de Souza, Tazinho, presidente da Câmara de Mucuri (PSDB), Gisele Aparecida Seguro Gazinelli, vice-presidente da Câmara(PTB); Roberto correia Bastos (Nicó), PSC. A polícia está no encalço dos vereadores Roberto Alves dos Santos< Márcio de Jesus Machado e Wilson Pereira Cabral. Os detidos se encontram na sede da 8ª. COORPIN em Teixeira de Freitas, à disposição da Justiça.

Dos 9 vereadores de Mucuri só não estão envolvidos no esquema criminoso, conforme o Ministério Público, a vereadora Justina Souza Cruz “Tina” (PMDB), Maria das Graças Borges de Araújo, a “Professora Gracy” (PR) além do vereador Manoel Nergino Cruz (PSDB), que foi o denunciante.

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