Nesta quinta-feira (30), a Justiça decretou a prisão preventiva de três das cinco pessoas presas na Operação Citrus que foi deflagrada no dia 21, no município de Ilhéus. Entre elas está o vereador mais votado na última eleição, Jamil Ocké, que já foi secretário de Desenvolvimento Social. Além dele, outro ex-secretário da mesma pasta foi preso na operação, Kácio Clay Silva Brandão, que também teve prisão preventiva decretada; o terceiro preso preventivamente foi o empresário Enoch Andrade.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) que investiga as fraudes em licitações de compra de materiais de escritório e alimentos para a Prefeitura Municipal de Ilhéus entre os anos de 2009 e 2016, apresentou o pedido da prisão preventiva. De acordo com o MP, a quadrilha teria lucrado mais de R$ 20 milhões durante este período.
A Justiça decretou a prisão preventiva dos presos na Operação Citrus após o fim do prazo da prisão temporária, que ocorreu na quinta-feira. Os outros investigados, um homem considerado o “laranja” das empresas envolvidas no esquema fraudulento e a mulher de Enoch Andrade não permanecerão presos, o primeiro já foi liberado do presídio, enquanto que a esposa do empresário será solta ainda nesta sexta-feira (31).
Anteriormente, o advogado de Jamil Ocké, Robson Cavalcanti havia apresentado um pedido de habeas corpus para a Justiça – quando seu cliente ainda se encontrava em prisão temporária – , mas que foi negado.
Segundo o presidente da Câmara de Vereadores de Ilhéus, Lucas Paiva, na próxima terça-feira, 4 de abril, o suplente de Jamil assumirá o cargo: “”Vamos enviar a convocação de Luís Carlos para ser publicada no Diário Oficial e ele toma posse na terça-feira. Com relação a Jamil, ele precisa nos enviar o pedido de afastamento do cargo, pois se ficar preso por cerca de três meses, pode ser cassado por faltar às sessões. Além disso, a Comissão de Ética da Câmara de Vereadores [de Ihéus] também vai analisar a situação de Jamil diante da Casa”, explicou o vereador que preside a casa legislativa.