Certa vez, numa fazenda, um primo foi mordido por uma cobra. Chamaram rapidamente o vaqueiro. Ele se ajoelhou ao lado dele e examinou a ferida. Já estava inchando e escurecendo. Meu primo tremia, chorava e batia com as mãos na cabeça.
O vaqueiro solicitou duas galinhas a uma mulher e pediu para chamar correndo um médico. Voltou a se ajoelhar ao lado do meu primo e examinou mais uma vez a ferida.
O local já estava bem inchado. Sem hesitar nem por um momento, o vaqueiro inclinou-se e levou a boca à ferida.
Chupou e chupou mais, interrompendo-se por uns instantes para cuspir o fluido. O rosto da menina ficou cor de giz e ela desmaiou. O vaqueiro escarrava saliva misturada ao veneno. Depois lavou a boca e gargarejou com força. Chegaram as galinhas.
O vaqueiro pegou uma delas pelas pernas e, com um canivete, abriu-a, derramando o sangue quente por todo lado. Disse: “O sangue ajuda a expelir o resto do veneno”. E agora era só esperar o médico chegar.