“Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles”, Ruy Barbosa (1849-1923).
A evolução social, econômica e política do povo brasileiro, em suas diferentes regiões e localidades, se apresenta de formas distintas que vão de níveis aceitáveis de qualidade de vida a quadros de miséria, praticamente de marginalidade social, a envolver milhões de patrícios.
Há pouco tempo, e isto não partiu da população periférica dos grandes centros urbanos ou do meio rural, milhões de citadinos foram às ruas com reivindicações as mais relevantes: educação, saúde, emprego, segurança, dentre outras bandeiras, ao lado de manifestações contra a corrupção que se assiste em solo nacional, como praga epidêmica a minar o tecido social do país.
Qual seria a motivação de tantos? Para muitos, constitui-se reação natural relativizada aos momentos de tanta incúria e desencaminhamentos do patrimônio de todos para exclusivo usufruto de malfeitores, oportunamente travestidos de autoridades ou de falsas lideranças, que não respeitam o interesse público e, ao contrário, se locupletam dos seus significativos valores em causa própria.
Pensar um país é pensar suas carências, as limitações reinantes e, a partir de então, propor um projeto que possa superar os obstáculos – em prazos adequados a cada realidade – através de objetivos e metas, necessários ao seu desenvolvimento integrado. A respeito, Juscelino Kubitscheck, há bem pouco tempo, já proporcionou válidos exemplos que nossa historia jamais negará!
E se pensar o amanhã requer ir além do senso crítico comum, faz-se indispensável um esforço maior que conduza a compreensão de direitos e obrigações – elementos fundamentais da cidadania – daquele(s) que vive(m) em sociedade, observando as questões de natureza legal postas no ordenamento jurídico vigente, cumprindo sempre o que lhes cabe como responsabilidade (deveres) por ser parte integrante da sociedade.
Não basta proclamar direitos em nome da cidadania, como tem sido a tônica costumeiramente antevista, porque institucionalmente ser cidadão é trafegar em rodovia de mão dupla no vai e vem da vida, respeitando ao mesmo tempo o que é alheio, do outro ou da comunidade, ao tempo em que reivindica para si próprio.
A conduta do homem na sociedade, fundamentada em princípios de honestidade e integridade, faz dele reconhecido por seus pares que o apreciam por inspirar respeito, autoridade ou liderança, reputando-o pela dignidade que ostenta como valor que lhes é próprio. Nesse diapasão, cidadania e dignidade requerem atenções urgentes nas propostas atualizadoras pedagógicas dos que operam a Educação: educadores, planejadores, coordenadores, gestores e tantos outros que a escolheram e a julgam corretamente prioridade das prioridades, sabidamente indispensável ao desenvolvimento nacional.
Por fim, a tanto se juntem sociedade e os responsáveis pela gestão da coisa pública e privada, para que cidadania e dignidade se multipliquem, na abrangência e na qualidade de bem-estar da gente brasileira, para o seu desenvolvimento e paz social.