As/os professoras/es da Uneb aprovaram, neste final de tarde de quinta-feira (04), a greve por tempo indeterminado em todos os campi da universidade. A decisão foi tomada em assembleia realizada no campus de Salvador.
De acordo com o que dispõe o Supremo Tribunal Federal, sobre legalidade do movimento grevista, após a aprovação são necessárias 72 horas para o início da greve. A norma está prevista no art. 37, inciso VI da Constituição Federal, utilizando o art. 13, da Lei n. 7.783/89. A greve cumprirá todos os requisitos legais e manterá 30% dos serviços essenciais na universidade.
Durante a assembleia, inúmeras falas demonstraram que não faltavam motivos para a deflagração da greve. De acordo com a coordenação da Aduneb, entre os vários itens apontados está o desrespeito do governo estadual aos direitos trabalhistas dos professores.
Apenas na Uneb, mais de 400 docentes que já deveriam ter sido promovidos, aguardam em uma fila de espera. Há seis anos também não acontece aumento salarial. Outro problema são os contingenciamentos orçamentários, ou seja, dinheiro que está previsto não chega na universidade, porque o governo não repassa. Somente entre agosto e novembro do ano passado esse contingenciamento, em média, confiscou 55% do orçamento da Uneb.
Negociação
Desde 2016, o movimento docente das quatro universidades estaduais da Bahia tenta a negociação da pauta de reivindicações. Apesar da insistência, apenas nesta quarta-feira (03), aconteceu a primeira mesa de negociação. Após ouvir os professores, os representantes do governo se comprometeram em apresentar propostas à pauta. Uma nova reunião acontecerá na próxima segunda-feira (8), às 15h30, no Instituto Anísio Teixeira.
A próxima assembleia dos docentes da Uneb acontece na quarta-feira (10), também no campus de Salvador.
Apoio estudantil
O movimento estudantil marcou forte presença na assembleia. Apoiaram a deflagração da greve e defenderam a luta conjunta nas pautas que unificam as duas categorias.