Una: Homem é preso suspeito de encomendar morte de 3 índios

Suspeito teria encomendado mortes por causa de briga com 2 das vítimas.

Dois agricultores afirmam que foram espancados por índios neste sábado.

Una: Homem é preso suspeito de encomendar morte de 3 índiosUm homem foi preso na tarde deste sábado (9), suspeito de ser o mandante dos assassinatos dos três índios no sul da Bahia. Segundo a polícia, o suspeito teria encomendado as mortes por causa de uma briga com duas das vítimas.

Esse crime está sendo investigado pela Polícia Federal. Em Buerarema dois agricultores afirmam que foram espancados por índios também neste sábado (9). A polícia investiga se há ligação entre os crimes.

O caso

Três índios tupinambás foram mortos na noite da sexta-feira (9) na comunidade de Acuípe, entre os municípios de Ilhéus e Una, no sul do estado. Segundo lideranças indígenas da área, os três índios tinham acabado de sair de uma fazenda quando foram cercados por homens armados. As vítimas, de 28 anos, 36, 30 receberam vários tiros.

Disputa

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, desembarcou em Salvador para intermediar o conflito entre índios e produtores rurais pela posse da terra no sul da Bahia. O evento aconteceu no dia 25 de outubro, quando o ministro se encontrou com representantes das duas partes em reuniões separadas. O governador da Bahia, Jaques Wagner, também esteve presente nas reuniões.

Um grupo de índios da tribo Tubinambá permaneceu na porta da Fundação Luís Eduardo Magalhães, local onde o evento era realizado, enquanto outro grupo participava da reunião.

“Nós temos uma equipe discutindo um plano de segurança para área, exatamente para que a gente garanta a pacificação até que saia uma decisão final, que só será possível pela Justiça. Ou, se for possível, aquilo que a gente está tentando construir, que é uma mesa de mediação”, afirmou o governador.

A área em disputa tem 47 mil hectares e está localizada em Ilhéus, Una e Buerarema, na região sul da Bahia. Degundo um estudo da Funai, feito há 18 anos, o local é originalmente ocupados por famílias indígenas. Atualmente, 600 propriedades rurais estão nessa área. Desde agosto, a Força Nacional de Segurança está na região por causa da intensificação dos conflitos, com invasões e protestos.

O relatório da Funai está sob análise do Ministério da Justiça, mas índios e fazendeiros querem agilidade na decisão. “Os índios, obviamente, querem um rápido desfecho para a demarcação. Os produtores, ao contrário, alegam a nulidade do processo. Nós vamos analisar tudo isso com a maior imparcialidade, equilíbrio. Agora, tendo como pressuposto que se fique em paz. Casos de abuso não vão ajudar, só vão prejudicar o processo e as coisas vão ficar amarradas”, disse o ministro.

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