Quase no meio da viagem chegamos a Santiago de Compostela, onde os peregrinos terminam o “Caminho de Santiago”, assistimos a cerimônia do pêndulo na igreja e depois no fim do dia fomos a um bar que ficava próximo ao hotel que da janela panorâmica do salão podíamos completar a chuva de início do outono. Uma chuva silenciosa ao fundo, as luzes da cidade de Santiago de Compostela pareciam emitir inúmeras mensagens cifradas. Havia poucas pessoas no bar e um silêncio de harmonia dominava o ambiente, tomamos um vinho português da região de douro.
Enquanto bebíamos, a conversa girou em torno da história do caminho de Santiago, é, como a maioria dos que já o fizeram dizem, especial. Muito! Caminhar distâncias que você jamais imaginou, por seu corpo, mente e espírito à prova, conhecer gente do mundo todo e conhecer a si mesmo. Pode parecer loucura, mas existe uma magia durante o trajeto e coisas acontecem para quem está aberto a recebê-las. Foi o que ouvi de alguns peregrinos, penso que este caminho pode ser feito pela meditação, uma viagem interior, isto o que penso.