Uma fé firme e saudável

“Então Jó respondeu ao Senhor: Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado.” (Jó 42.1-2)

Diante do desafio de crer e confiar em Deus é muito comum nos comportarmos esperando que Deus nos forneça provas, sinais que fortaleçam nossa fé. Pensamos: se Deus fizesse isso ou aquilo minha fé seria fortalecida, eu seria capaz de crer de verdade. Pelo menos eu me vejo habitado por esses pensamentos! Não sei quanto a você. Quero crer mais, quero ser inabalável na fé e penso que talvez isso seja o resultado de uma experiência sobrenatural, algo tremendo, que me marcasse para sempre. Mas aprendo com Jó que estou errado em pensar assim. A verdade é que, se nossa fé e devoção dependesse realmente disso, Deus nos proporcionaria. Mas não depende.

Os Israelitas viram coisas incríveis, mas foram um fracasso na fé. Os apóstolos viram e realizaram maravilhas e Pedro andou sobre as águas! Mas todos vacilaram inúmeras vezes e Pedro negou a Cristo mesmo depois de avisado. As vezes somos surpreendidos por uma pessoa que cai de forma vergonhosa, tendo em outros momentos protagonizado “sinais e maravilhas”. Costumamos classificar isso como “escândalo”, porque nos parecida improvável. Mas isto acontece porque não são experiências sobrenaturais que produzem crentes firmes. Deus confiou na fé de Jó ao ponto de coloca-lo sob provação. Não temos notícia de que ele tenha visto ou realizado milagres. A certeza que temos é que ele conviveu com o silêncio de Deus. E o sobrenatural não chegou como boa notícia!

Quando Deus fala com Jó, o que faz são perguntas! Nenhuma resposta, nenhuma palavras de ânimo ou promessa. Será que ecoava em sua mente o “amaldiçoe este seu Deus e morra” dito por sua mulher? Não sei. O que sei é que Jó crê mais, rende-se mais, humilha-se mais, pertence mais. Diante do Deus que nada fez para ajudar, ele reconhece Seu poder! Que estanho, que maravilhoso! A fé que permanece e supera crises não se alimenta de milagres e maravilhas, mas de rendição, de entrega. Seu possuidor não precisa ser um poço de equilíbrio, precisa ser humano, sensível e verdadeiro. Precisa orientar-se para Deus e não para o que pode conseguir com Deus. É um tipo de crente que faz toda diferença porque está descobrindo quem Deus é.

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