Um jornal nos caminhos do desenvolvimento

O Jornal O Sollo, como meio informativo presente em grande parte do estado da Bahia, traz em essência e a si mesmo uma responsabilidade digna de nota ao expor, na mídia impressa ou eletrônica, as questões sociais, econômicas e políticas e, aí, exercendo a missão maior de todas – a de formador de opinião – pelas abordagens, análises e proposições presentes a cada edição oferecidas ao seu público.

Sua localização privilegiada em relação ao Extremo Sul baiano e o foco geográfico que alcança lhe conferem, igualmente, uma destinação histórica como instrumento de ação capaz de trazer à baila variadas situações que interessam a dezenas de municípios e a milhares dos seus habitantes no seu cotidiano e amanhã.

De certa forma, O Sollo pensa, analisa e traduz a realidade do seu meio, contribuindo para além do meramente informativo e, muito mais, para o nobre papel de publicizar com objetivos relacionados aos novos tempos, ao progresso e à prosperidade coletiva, sem dissociar-se da cultura, fomentando as boas práticas sociais, em plano ético aceitado.

Em parte, cumprindo aparentemente uma pauta jornalística, em 2011, pôs em destaque com manchetes apropriadas o advento da Ufesba, temática que, ainda, nos próximos anos (2012, 2013, 2014…) ocupará suas páginas a envolver: o seu projeto de criação, suas ofertas de graduação (cursos), as ações de intercambio prático-científico com as comunidades (extensão) e as atividades para se conhecer a respeito do ambiente, seus problemas, apreendendo suas inúmeras realidades no contexto diversificado existente (pesquisa).

Desse espaço jornalístico, e com a participação de outros colaboradores que contribuem com suas reflexões, inseridas nas opções online ou impressa, desenha-se de forma desejável – por vezes até sutilmente – um processo educacional valioso, de longo prazo, pela causa do desenvolvimento de uma vasta Região do nosso Estado e que se espraia a partir do Extremo Sul a outras, quando ele se estende além do Rio Jequitinhonha em direção ao Norte e Sudoeste baianos.

A Educação, como processo permanente de transformação do homem, jamais poderá limitar-se à escola formal-tradicional conhecida: sala de aula, laboratório, biblioteca, professor, aluno, regulamentos etc., exatamente por que o conhecimento a ser socializado a ela não se restringe, fazendo-se presente onde haja homens e mulheres, convivência social e experiências a serem compartilhadas.

A escola não-formal – para muitos a escola prática, a escola da vida – é parte do cotidiano de todos na vida comunitária e deve ser sempre considerada e compreendida para um ajustamento da realidade educacional que se pretenda implantar, e, assim, contemplar na medida do possível todos os fatores existentes, a serem pesados e medidos para o planejamento pedagógico, na perspectiva de uma real matriz curricular a serviço da formação cidadã para a vida e o trabalho.

No contexto não-formal em que se inserem os conteúdos da mídia tais são entendidos como fatores complementares dos procedimentos educacionais. Daí resultando a importância jornalística no desenvolvimento de cada comunidade e Região, trazendo a lume o que limita obstaculariza e dificulta o alcance de níveis qualitativos de bem-estar e qualidade de vida, revelando ao cidadão os variados gargalos impeditivos do progresso, ao tempo que o torna consciente das necessidades de mudanças e da sua posição de sujeito participante nas ações desejáveis para o desenvolvimento.

Em 2011, além da Universidade referenciada, outros temas relevantes ocuparam os espaços midiáticos, a exemplo da demarcação de terras indígenas e o cultivo florestal destinado preferencialmente à produção celulósica de destinação externa e interna. Note-se ser Inegável a importância econômica, social e ambiental presentes nessas realidades. A primeira, envolvendo dezenas de milhares de produtores rurais localizados em milhares de quilômetros de terras produtivas e em produção – mas carentes de certificação definitiva- e, por outro lado, as presenças reivindicatórias daqueles primeiros ocupantes do solo pátrio a exigir o direito da sobrevivência pela posse da terra… que um dia já teve por habitat !

A monocultura florestal que se expande além da Bahia, e que nesta, dada às condições edafoclimáticas existentes e facilidades outras, vem alcançando produção e produtividade superando marcas mundiais esteve presente nos holofotes informativos, recebendo o tratamento que lhe é devido, com o equilíbrio que deve nortear as questões polêmicas e, em conseqüência, a exposição dos seus prós e contras para uma desejável compreensão da sociedade.

Os caminhos do desenvolvimento não obedecem a um traçado único, por vezes são áridos, cinzentos, surgem obstáculos e as visões dos seus atores nem sempre convergentes ou apropriadas a essa ou aquela ação. Nesse contexto, a imprensa ocupa espaço semelhante àquele do ensino-aprendizagem, apresentando à sociedade o quadro complexo de que é constituída a realidade e, assim, contribui – por suas análises/reflexões – para uma compreensão das questões e norteamento de posições.

Neste inicio de Ano Novo, como desejos a se materializarem em Prosperidade e Paz, registre-se em síntese apenas um, dentre tantos indispensáveis à construção do desenvolvimento regional: que O Sollo, cada vez mais, se constitua em ferramenta a serviço da preservação ambiental, da sua sustentabilidade, da segurança pública, da educação, da saúde, do bem-estar e da qualidade inerente à promoção social, fazendo a parte que lhe cabe no processo desenvolvimentista baiano e brasileiro.

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