“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3.16)
Seria mais fácil para nós lidarmos com um deus cuja ênfase fosse o poder, um deus empreendedor. Um deus cheio de planos aos quais deveríamos nos adequar e servir, realizando algo, produzindo uma obra. Seria mais fácil para nós um deus ligado a tarefas, a quem agradaríamos apenas cumprindo o nosso dever. Mas o Deus que Cristo nos revelou é diferente. Sua natureza é fundamentalmente amorosa. Ele sem dúvida é poderoso e empreende! Ele criou tudo que existe! E não seria impróprio pensar que hoje mesmo esteja criando algo novo, mundos novos ou seres ainda ocultos a nós. Quem sabe não tenha criado ontem uma bactéria, um micro-organismo que se alimenta de algo que temos produzido com nossa ânsia por lucro, para dar um pouco mais de vida a esse belo mundo que criou? Você pode considerar isso improvável, mas não impossível.
Deus tem planos e propósitos. Há realizações que Ele está levando a termo e envolvendo aqueles que creem e se dispõem. Mas, sobretudo, Ele é um Deus relacional. Que busca comunhão conosco. Um Deus que nos ama e tem prazer em nos abençoar. Por isso a declaração “Deus amou o mundo” é mais espetacular do que a declaração “Deus criou o mundo”. Criar é mais simples que amar. Por isso o que o amor nos leva a fazer é sempre mais espetacular do que o que a ganância nos leva a fazer! Nada de todas as coisas maravilhosas que Deus criou supera Seu ato amoroso de nos enviar Jesus. Mas corremos o risco de nos deliciarmos com as criações de Deus, celebrarmos a beleza do mundo que fez para nós, com suas cores, texturas e sabores, e perder a inigualável satisfação de desfrutar de Seu amor. Para desfrutarmos Seu amor precisamos crer.
Muitos se encantam com a possibilidade de crer para poderem fazer algo. Crer o bastante para que curas aconteçam, para que planos sejam bem sucedidos. Mas, você crê o bastante para desfrutar e celebrar o amor de Deus? O bastante seria quanto? O bastante para reconhecer em Jesus a prova do amor de Deus e não buscar confirmar o amor divino em bençãos ou benefícios. O bastante para ansiar por responder com amor, amando a Deus e ao próximo, e não comportando-se como se fosse superior a todos os demais, por ser um cristão. O bastante para persistir insistindo em crer, mesmo em meio a dúvidas, por saber que não há um caminho melhor. O bastante para ser verdadeiro consigo e com Deus, orar orações difíceis com reclamação e rendição. A oração de quem, mesmo sentindo-se só, sabe que Deus está perto. Deus nos ama! É maravilhoso, misterioso e desafiador crer e adorar um Deus que ama!